O resultado das eleições nos EUA, com a vitória de Joe Biden, criará ambiente favorável a negociações comerciais no âmbito da Organização Mundial do Comércio e tende a abrir possibilidades para o incremento de negócios entre empresas catarinenses e norte americanas.
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A presidente da câmara de comércio exterior da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Maria Teresa Bustamante, conta que a entidade empresarial e o consulado dos Estados Unidos conversam para identificarem componentes e matérias primas de indústrias catarinenses que possam atender necessidades de empresas norte americanas e, assim, estimularem as nossas exportações.
Indústrias catarinenses têm qualidade para abastecer o mercado dos Estados Unidos em diferentes áreas. E o desenvolvimento de novos processos e de tecnologias, com parcerias com startups, ajuda nessa direção.
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Maite Bustamante explica que o Brasil tem o desafio de estabelecer uma política ambiental clara – e será fortemente cobrado em relação a esse ponto. Afinal, como é obvio, Estados e governos pautam suas ações em função de interesses e isso independe de haver, ou não, uma proximidade pessoal entre Biden e Bolsonaro.
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No contexto global, a administração democrata deverá reativar a participação dos Estados Unidos nas negociações dentro da Organização Mundial do Comércio, principalmente em pontos sensíveis como dumping, barreiras protecionistas e litígios comerciais – que estão paradas há três anos porque Donald Trump retirou os representantes da mesa de negociações.
Maite também avalia que o momento será mais positivo para os negócios brasileiros na medida em que o governo norte americano se aproximar da União Européia. Está em jogo, também, a possibilidade efetiva de assinatura de acordo entre Mercosul e União Européia.