A Tupy, de Joinville, inicia 2020 com lucro bruto de R$192,6 milhões no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 12,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem de 17,6% ante 13,4% no 1T19. Também houve crescimento de 38,5% no lucro operacional em comparação com o mesmo período de 2019.

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— A Tupy tem passado por um processo de transformação e ganhos de eficiência. Desde o início de 2019, temos renovado os produtos da companhia e os resultados do 1º trimestre permitem enxergar os efeitos da combinação de iniciativas que vem sendo adotadas por uma estrutura organizacional revigorada, como os projetos implementados pelas áreas operacionais e de compras — explica Fernando Cestari de Rizzo, CEO da Tupy.

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O EBITDA ajustado (geração de caixa) também foi positivo, com crescimento de 20,2%, e margem de 15,1% (aumento de 440 pontos-base em comparação com janeiro-março de 2019, atingindo R$ 164,6 milhões.

Em relação ao lucro líquido, houve prejuízo de R$ 207,5 milhões, ocasionado por itens não operacionais, como impairment de ativos intangíveis, marcação a mercado de instrumentos derivativos e créditos a receber e variação cambial sobre impostos diferidos das operações no México, sem efeito caixa.

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As vendas foram afetadas, principalmente, a partir da metade de março, pela redução dos pedidos no Brasil e exterior, ocasionada pela pandemia de COVID-19: diversos clientes paralisaram suas unidades produtivas ao longo do mês para proteger seus funcionários.

Ainda assim, houve aumento da participação de produtos e serviços com alto valor agregado. A carteira do segmento de transporte, infraestrutura & agricultura foi constituída por 25% de produtos, parcial ou totalmente usinados (versus 23% no 1T19) e a distribuição por tipo de material aponta para 23% de volume de produtos em ferro vermicular; no no 1T19 esse percentual foi de 20%.

A companhia encerrou o trimestre com posição de caixa de R$ 1,4 bilhão, com aumento de R$ 524,9 milhões em relação a 31 de dezembro de 2019, impactado pela captação de empréstimos bancários e variação cambial sobre o caixa em moeda estrangeira.

A direção da empresa diz que 2020 começou “com excelente desempenho e, mesmo com o impacto da pandemia nas três últimas semanas de março, concluímos o período com grandes avanços em indicadores de eficiência, resultado de um sistema de produção flexível e uma estrutura de custos preparada para se adaptar rapidamente às oscilações da demanda”.

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Apesar das incertezas do cenário atual, Rizzo observa sinais positivos da economia americana e de setores “aos quais temos exposição relevante, que devem se materializar a partir do terceiro trimestre. Além disso, entendemos que o momento atual vai levantar discussões importantes sobre as prioridades de investimento em todo o mundo, tais como, saneamento básico, estrutura hospitalar, acesso à água”.

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