A Tigre vai investir R$ 300 milhões em 2020. O valor é o dobro do que foi aplicado em 2019. Os recursos serão utilizados no aumento da capacidade de produção e na renovação de fábricas, em modernização tecnológica, automação e eficiência fabril. Trinta por cento vai para a sustentação dos negócios atuais e 70% tem por objetivo incrementar melhorias. Parte do valor total também será direcionado a possíveis aquisições.
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— Como nossa situação financeira é bem sólida, os bancos vem nos oferecendo oportunidades, mas a análise passa por possibilidades conexas aos nossos interesses e que tenham alinhamento com o nosso planejamento — diz a vice-presidente de Finanças (CFO) Vivianne Valente.
A Tigre está focada nos segmentos voltados à condução de água e também planeja expandir sua atuação geográfica nos Estados Unidos, por exemplo. Os mercados dos Estados Unidos e da Colômbia têm potencial gigante de expansão, analisa Valente. E em países da América Latina a Tigre vai ampliar a oferta de produtos. No Paraguai, onde a marca é bem forte, já está vendendo até chuveiros elétricos.
Em 2019 a Tigre fatura R$ 3,7 bilhões e superou as metas traçadas para o ano: o crescimento de vendas foi de 3%, em volume, e de 8% em faturamento. Todos os negócios melhoraram diz a executiva. Os negócios internacionais representaram um terço do total. A companhia tem 3.642 funcionários no Brasil e outros 1.674 nas unidades do exterior.
O planejamento da Tigre está delineado até 2023. O modelo, construído junto com a consultoria Accenture permite que cada um saiba o que deve fazer porque a estratégia é compartilhada com os empregados. O objetivo é obter resultados com perspectivas de Ebtida crescente.
Valente estima que a indústria da construção civil vai crescer 2,% no próximo ano, percentual bem inferior aos 8% projetados para a companhia.
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Outro aspecto do planejamento: a Tigre vai rever a forma de como chega aos clientes finais. Para estar mais próximo deles, vai construir centros de distribuição em Minas Gerais e na Bahia. Também vai instalar linhas de produção de caixas d´água nas fábricas de Joinville, Rio Claro (SP) e Escada (Minas Gerais).
A digitalização da força de vendas agiliza as operações.
Em novos negócios, o foco está centrado em diversos elementos relacionados a tratamento de água; tornar mais barato o processo de construção de imóveis; e entregar projeto e produtos ao construtor, ao mesmo tempo em que vai intensificar a digitalização de atividades.
Uma curiosidade: os profissionais de diferentes setores administrativos da Tigre não usam mais telefone fixo em suas meses. Só o aparelho celular.
A CFO Viviane Valente ganhou, neste ano, o importante prêmio de melhor CFO das empresas brasileiras concedido pelo respeitado Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF). A profissional liderou transformações significativas com mudanças nos processos de atendimento a clientes, com alterações nas áreas de recursos humanos, parte fiscal e de facilities. A robotização e emprego de ferramentas como analytics também auxiliaram no desempenho.
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