A notícia da semana é a decisão da Tigre em terceirizar a área administrativa em suas 23 unidades espalhadas pelo mundo e, por consequência, demitir 325 trabalhadores até setembro. Algo inédito, dada a a dimensão e o alcance. Outras companhias já criaram seu centro de serviços compartilhados, algumas o transferiu para fora do país, mas ainda operando em local onde tem planta própria. A lógica da Tigre vai além de uma banal troca de fornecedores de um ou outro serviço. Na década de 1990, iniciou-se o processo de terceirização nas empresas, a partir de setores de vigilância e limpeza. Depois, espalhou-se para outros segmentos, como recursos humanos e treinamento.
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Agora, a companhia joinvilense muda o paradigma e radicaliza, numa postura desconhecida até o momento em Santa Catarina. Na prática, abre mão de proceder, por ela mesma, controles e gerenciamento de funções administrativas, inclusive as ligadas ao sensível campo financeiro.
Ao entregar essas responsabilidades a um terceiro, a Tigre passa a se dedicar ao desenvolvimento de produtos e à sua fabricação no amplo espectro do negócio água.
Com sede em Joinville, a empresa optou por reduzir custos em áreas que não representam seu “core business”. A empresa terceirizada assume o trabalho em agosto. A Tigre tem 5 mil funcionários no Brasil e mais 2 mil no exterior.
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