Sindicato dos mecânicos vai vender sede e outro imóvel

O Sindicato dos Mecânicos de Joinville vai vender imóveis (prédios da sede, no centro; e parte do imóvel da recreativa, no bairro Costa e Silva.  para sanar dificuldades financeiras. A assembleia de associados será no sábado, dia 20, na sede da recreativa da entidade sindical. A diretoria encaminhou carta aos sócios para explicar a situação.  Veja em anexo, o texto enviado.

“Caros associados(as),

O Sindicato dos Mecânicos completa 58 anos de fundação neste ano. Representando com muita garra os trabalhadores, juntos enfrentamos momentos difíceis, como desemprego e a instabilidade do poder de compra com a alta da inflação nas décadas de 80 e 90. Nada do que passamos pode-se comparar com os dias de hoje, em que enfrentamos além da crise econômica, também política.

Para contar um pouco da história desta entidade é preciso voltar ao passado quando muitas empresas da categoria estavam em atividade, assim o número de trabalhadores representados fazia com que este sindicato fosse considerado uns dos maiores do Estado. Com o passar dos anos foram mais de mil empresas fechadas ou que migraram para outros municípios, além disso, tivemos a divisão de categoria que deu origem ao Sinditherme que passou a representar trabalhadores de empresas como Kavo, Embraco, Consul, entre outras.

Recentemente, e de conhecimento de todos dada a popularidade, tivemos mais duas baixas na categoria: da empresa Busscar Ônibus e Metalúrgica Duque. Além disso, éramos representantes também dos trabalhadores dos municípios de Araquari e São Francisco, que atualmente possuem sua própria entidade.

Se não bastasse todos estes agravantes, ainda somos prejudicados pelos empresários que recolhem as contribuições sindicais e não repassam à entidade, mesmo sabendo que os valores são utilizados para sobrevivência da fundação e convertidos em benefícios aos trabalhadores.

Diante da conjuntura atual, a diretoria, conforme determina o estatuto, propõe a venda de parte dos imóveis para se adequar à nova realidade. Para que possamos continuar independentes e autônomos frente ao Estado, partidos políticos, patrões e credo religioso, podendo assim representar, proteger, reivindicar, coordenar e defender os interesse gerais da categoria. Negociar os acordos coletivos buscando melhorar a vida dos trabalhadores e sua família.

Para falar do movimento sindical do nosso Estado não se pode esquecer da participação desta entidade em momentos decisivos na busca por uma sociedade mais igualitária com direito de cidadania para todos.