O governo de Santa Catarina está sem secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável titular desde 25 de maio, com a saída de Lucas Esmeraldino, um dentista de Tubarão, guindado a um dos mais importantes postos da estrutura administrativa na gestão Carlos Moisés.
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Durou um ano e cinco meses sem deixar saudades no meio empresarial, com o qual não tinha interlocução alguma. Foi premiado com o exílio, e o cargo de secretário de Articulação Nacional, em Brasília, onde vai fazer lobby.
O que espanta é a demora na escolha de um sucessor para a Pasta do Desenvolvimento. Talvez o governador não considere uma área relevante. Por ora, quem dá as cartas é o experiente secretário da Fazenda Paulo Eli, um nome com larga vivência no serviço público e velho conhecido dos empresários.
Pelo jeito, o diálogo de Carlos Moisés com as lideranças do empresariado catarinense, via Cofem — orientado pelo secretário da Casa Civil, Amândio João da Silva Junior — ainda não foi suficiente para dar agilidade à gestão na área do Desenvolvimento, que tanto interessa a indústrias e ao comércio.
A lentidão sugere duas hipóteses: 1. o governo está com dificuldades de encontrar um nome que aceite o posto; 2. os nomes colocados na mesa não agradam ao governador.
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Ambas as possibilidades convergem para um vácuo, que remete a um ambiente ruim com a iniciativa privada, naturalmente necessitada de um interlocutor específico neste campo para fomentar o diálogo e apresentar demandas e sugestões.
Quais são as políticas públicas indutoras do desenvolvimento colocadas em prática?
O que é prioridade para apoiar segmentos voltados à tecnologia, por exemplo?
Como os micro e pequenos empresários podem ser auxiliados por decisões governamentais?
O que se fará para apressar privatizações e modelos de concessão de serviços hoje públicos?
São só algumas perguntas feitas por muita gente. Um ano e meio já se passaram.
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