O Conselho Estratégico para a Infraestrutura e Transporte e Logística Catarinense estima em R$ 2,85 bilhões, o valor dos investimentos vitais a serem realizados em infraestrutura rodoviária no Estado. Do total, R$ 1,55 bilhão se refere a estradas federais e R$ 1,3 bi a obras em vias estaduais. O Conselho sugere, também, a necessidade de obras de contorno de Joinville e da região entre Penha e Porto Belo. Na quarta-feira o conselho se reúne na Fiesc para apresentar a completa agenda de demandas para o setor. As informações são do Setracajo – Sindicato de Empresas de Transporte de Carga e Logística de Joinville e região.

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Elétrico 
A Weg vai fornecer o motor de 109 cavalos para o primeiro caminhão elétrico nacional, que a Volkswagen vai lançar em 2022.

Restituição
A Receita Federal abre hoje o sétimo lote de restituição de imposto de renda em Santa Catarina. São beneficiados 3.693 contribuintes que têm direito a receber R$ 5,81 milhões. O crédito bancário será depositado no dia 17 de dezembro. No acumulado do ano, 689.004 pessoas físicas catarinenses receberão R$ 788,6 milhões.

O Fundo Social está em fase de avaliação e recomendação de projetos socioculturais que possam receber aportes de até 9% do imposto de renda devido das empresas de lucro real. Promovido pelo Sesi, busca impulsionar a cultura do uso dos incentivos fiscais no Estado. Pela legislação federal, as empresas podem destinar uma porcentagem do imposto de renda devido para projetos nas áreas de infância e adolescência, idoso, saúde, esporte e cultura, para qualquer cidade do Estado. Trinta projetos já receberam a recomendação. Já foram analisados projetos em Joinville, Jaraguá do Sul e Grande Florianópolis. Nesta próxima semana será feita a avaliação de propostas da região de Chapecó.

“Estamos bem animados”, diz sócio-gestor da SPX

A convite da Manchester Investimentos, Bruno Marangoni, sócio-gestor da SPX, esteve em Joinville e fez palestra, na semana passada, para aproximadamente 80 investidores. O especialista traçou cenários sobre economia nacional e internacional. A seguir, o resumo de sua fala.

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O Brasil entra num ciclo positivo para os negócios?
Sim, estamos bem animados com as perspectivas. A trajetória será favorável. A dificuldade é verificar como se encaixar este momento positivo com a situação global. A atividade econômica vai acelerar no Brasil, apesar da grande incerteza fiscal. 

Por que o Brasil vai crescer?
O principal motivo é que há ociosidade muito grande na economia. As indústrias têm ociosidade de no mínimo 30%. Então, há capacidade de expansão sem a pressão inflacionária. No curto prazo o cenário é favorável. Há alguns pontos a considerar: a agenda liberal de privatizações; a inexistência de pressão sobre o balanço de pagamentos; e os juros tenderão a ser estimulantes.

No médio prazo o que pode acontecer?
No médio prazo, o cenário é desafiador. Porque não basta simplesmente a aprovação da reforma da Previdência. Temos um importante prolema de déficit fiscal nos Estados. Isso é bem grave. Ainda temos a enorme fragmentação política. Fica difícil governar com 35 partidos. Também acreditamos que os juros vão subir um pouco, mantendo-se a inflação baixa.

Isso quer dizer…
Certamente, em algum momento Bolsonaro terá de fazer reforma política. Nossas contas mostram que é possível o Brasil crescer 3% ao ano, por dois anos seguidos, sem gerar inflação. É bem possível que em dezembro de 2019 os juros subam para 8%. E o PIB deve crescer 2,7%.
 
A questão política, no Congresso, é central?
Fizemos um estudo sobre como pensam os parlamentares em relação à reforma da Previdência. Identificamos 155 deputados contra; 180 a favor e 178 seriam neutros. Então, para aprovar, seria necessário Bolsonaro capturar 70% dos votos dos neutros. E como o Congresso é, tradicionalmente, de direita…

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A votação da reforma deverá acontecer logo?
Só no final de 2019. As informações mais recentes indicam que o presidente quer enviar um texto completamente novo. Aí demora. 

Os investidores estrangeiros perderam o apetite pelo Brasil?
Achamos que o investidor estrangeiro não está pessimista nem com o Brasil, nem com a B3 (bolsa de valores). Acontece que eles apanharam muito com negócios feitos nas bolsas de países emergentes, como Argentina. Outra coisa importante: a Bolsa brasileira não subiu nada neste ano quando a conta é feita em dólar. É a conta que eles fazem. Há otimismo com a política liberal da equipe de Bolsonaro. Eles têm cautela com a China. E olham para os EUA, onde os juros devem subir para até 2% ao ano.