Idealizador do coworking CIVI-CO, um dos mais relevantes espaços de convivência e trabalho a favor de causas sociais no Brasil, Ricardo Podval participou de recente evento de inovação em Jaraguá do Sul. Falou da importância de se ter propósito na vida pessoal e profissional. Também mostrou como é possível aliar negócios a causas comunitárias.
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O empresário, junto com Patrícia Villela Marino, investiu R$ 10 milhões (metade de cada um) no projeto empreendedor criado em 2017. Explica que a sociedade brasileira vive um novo momento e, por isso, chegou a hora de empreender para além dos frios números de balancetes mensais.
– É hora de valorizar não apenas marca e resultado financeiro, mas é essencial o negócio trazer valores e propósitos. Isso ocorre porque a geração millenium modificou parâmetros comportamentais. Este grupo social age por projetos e tem noção de coletivo.
Podval identifica claramente onde é mais fácil viabilizar atividades com este sentido:
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– Certamente é nas áreas da educação e da saúde, mas também há negócios na área bancária. São oportunidades para melhorar a qualidade de vida de regiões mais pobres. Bom para um Brasil que é muito desigual. Neste contexto, o governo tem grande importância.
É preciso haver escala para as mudanças acontecerem. Nem governo, nem empreendedores, nem a sociedade, via voluntariado, resolverão os problemas sociais isoladamente. As iniciativas com propósitos de impacto social têm de ter consequências coletivas positivas. Para isso, os diversos agentes têm de estar envolvidos.
Diante dessa realidade, as grandes empresas precisam estar engajadas e rever seus modelos para incorporarem práticas que este novo público exige. Por isso, fator essencial é estarem conectadas com aquilo que se espera delas, ensina o empresário. Para quem pensa ou imagina que isso tudo é uma onda passageira, Podval é claro:
– Esse conceito veio para ficar. Já está bem consolidado na Europa e nos Estados Unidos. Há, nessa nova era, uma relação de retorno à sociedade embutida nessa ideia. Não se trata, apenas, de uma relação econômico-financeira. É bem mais do que isso.
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Claro que este movimento deriva da compreensão de que o protagonismo não permite mais a ideia de exclusão social. Nasce uma nova compreensão de mundo, uma virada de chave, mesmo. São características novas a exigir atitudes novas. O que deve prevalecer é a busca por bem-estar, e não mais o foco na aquisição de patrimônio.
Há exemplos já bem conhecidos que apontam nessa direção. Uber, Spotify e Netflix são soluções inovadoras a nos proporcionar facilidades. O Uber dispensa o carro próprio. O Spotify deixa de lado o toca-disco ou seu equivalente. O Netflix acabou com as videolocadoras. O objetivo desse público consumidor é a utilização do bem ou do serviço – e não ter a posse de coisas.
Podval vai além ao afirmar que as companhias precisam compreender que as coisas mudaram:
– Não dá mais para as empresas terem a área social escondidinha num cantinho. A área social tem de ser vista como integrante do negócio todo. Tem de ser objeto de atenção, inclusive dos conselhos de administração. Há um oceano de oportunidades para empresas de diferentes setores e tamanhos.
No cartório
Cinquenta e três mil processos já foram realizados desde que o Detran catarinense autorizou os cartórios a fazerem a comunicação de venda do veículo diretamente nos tabelionatos de nota, em julho deste ano. Com essa inovação, não há mais a obrigatoriedade de ir até o órgão de trânsito, gerando mais conforto e agilidade para o cidadão catarinense. Há mais de 300 cartórios à disposição da população para procederem a transferência veicular.
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Troca de CEO
A Rumo vai mudar o comando. Julio Fontana deixará a presidência em abril de 2019. Em seu lugar vai vir o atual vice-presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, João Alberto Fernandez. A Rumo é uma das mais importantes operadoras de logística do país e tem negócios no modal ferroviário em Santa Catarina.
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