Um verdadeiro festival de inovação que se propõe a reunir “gente interessante e engajada, fora do eixo tradicional”, para estabelecer conexões “que possam construir um mundo melhor nos universos que habitam”, vai atrair 3.500 participantes à singular cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG), no feriadão de 6 a 9 de setembro.
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Idealizado por Ralph Peticov, Carlos Henrique Vilela, João Rubens e Marcos David, o 4º Hacktown será marcado por vasta programação, com mais de 300 palestras, shows e workshops sobre temas que vão da cultura hip hop à inteligência artificial.
Tudo isso espalhado por bares, praças e escolas da cidade – não há formalidades como centro de convenções – que se notabilizou como polo de tecnologia, com mais de 150 empresas do ramo e uma das melhores escolas de engenharia da América Latina.
O inquieto Peticov, filho de família hippie de artistas plásticos que começou carreira no cinema publicitário, esteve nesta semana em Joinville, para falar sobre o Hacktown na 6ª ExpoInovação, buscando inspirar o público com o exemplo do festival que inventou: “Copiem nosso método, levem o que aprenderam para modificar a terra de vocês”.
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Alerta aos “caducos”
Quem não investir em economia criativa, não buscar pessoas criativas, vai quebrar. Simples assim. Se uma indústria tradicional, que parece sólida, não se reinventar, vai ser comida por outra. Não tem outra opção. Isso se aplica em todos os setores da indústria, mesmo os mais pesados. É das mentes criativas que virão novas soluções para mudar o maquinário, maneiras mais rápidas e fáceis de fazer algo, tornar o ambiente de trabalho saudável e feliz. A empresa precisa ter como medida a felicidade de seus funcionários. Ela tem que cumprir metas, e, se as equipes não estiverem felizes, não vão entregar resultados – e a empresa vai quebrar. É um processo complicado, porque muitas pessoas são caducas – não digo velhos. Existem jovens caducos e velhos jovens, com mente mais nova, visão diferenciada. Os caducos, avessos a mudanças, que acham que o negócio está bom porque estão ganhando dinheiro, é que são o problema. Ok, estão ganhando dinheiro, mas até quando? Seu impacto é positivo, você está criando legal para a sociedade, ou é só um predador. A única coisa na natureza que cresce sem parar é o câncer. Você quer ser um câncer?
O início
Moro em São Paulo e ouvi falar de Santa Rita do Sapucaí, pela primeira vez, quando estive no Texas, em 2014, participando do South By Southwest (SXSW) – festival de cinema, música e tecnologia, realizado desde 1987. Foi um momento de embriaguez. Não bebo álcool, por isso, gosto de citar essa circunstância. Carlos Henrique Vilela, um visionário que hoje é meu sócio, abordou-me em Austin, e, logo, veio me provocar, dizendo que queria fazer algo parecido no Brasil. E me falou de Santa Rita, que seria um lugar interessante para isso. Como eu estava bêbado, não dei muita bola, só entreguei meu cartão. No Brasil, ele me convidou para fazer uma palestra em Santa Rita do Sapucaí. Aceitei, pensando que seria apenas para uma palestra, mas ele tinha um plano maior, que era me apresentar o ecossistema de Santa Rita. Ali é o Brasil que deu certo: tem um polo acadêmico intenso, criado nos anos 1950. Foi ali que nasceu a eletrônica no Brasil, pelas mãos de uma mulher, Luzia Rennó Moreira, que idealizou a primeira escola técnica da América Latina, aberta em 1959. A economia, a indústria, a política, tudo funciona em Santa Rita por conta da educação. Criaram um modelo acadêmico muito interessante, a indústria fomenta a academia e vice-versa. Potência tecnológica, a cidade tem um PIB muito alto, índices sociais elevados, um enorme retorno de impostos.
O impacto do festival
Pelo segundo ano, os ingressos para o Hacktown se esgotaram antes do evento. Todos os hotéis, como também casas e apartamentos em sistemas de reservas, já estão lotados, em Santa Rita e nas vizinhanças. Mas o maior impacto nem é na cidade, e sim para quem vem de fora. Parece arrogante, mas costumamos dizer: “venha para cá, aprenda e volte para casa”. Encaramos o público como protagonistas, polinizadores.
Eles vêm, entendem o que aconteceu naquele meio ambiente e voltam para multiplicar. Esperamos 3.500 participantes, e esse é o limite. A gente precisa cuidar da essência dessas pessoas. Não estou lá para vender ingresso, mas para gerenciar algo melhor para a sociedade e as pessoas. O evento ocupa toda a cidade, mesmo: não usamos centro de convenções, nossos debates acontecem no bar, aulas na beira do rio, nas escolas.
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A praça de alimentação é a praça da cidade. O queremos é que copiem nosso método, levem o que aprenderam para modificar a terra de vocês. Quando participo de eventos como este, em Joinville, meu recado é: invistam em educação, parem de chamar gente de fora para trabalhar na indústria, escolham pessoas daqui, banquem a faculdade dos engenheiros e administradores, encontrem e desenvolvam os talentos. Tenham mais conversas entre a indústria e a academia.
Economia na iluminação pública
A expectativa de economia com os mais de 13 mil pontos de iluminação pública (em LED) instalados nas ruas de Joinville é de R$ 2.458.751,90, ao ano, segundo o Consórcio SQE LUZ, contratado pela prefeitura parta modernizar o sistema. Nos dois últimos meses foram modernizados os pontos de iluminação de 21 ruas da cidade. A estimativa se deve à implantação da nova tecnologia, mais duradoura e econômica, além de exigir menor necessidade de manutenção.
Mercado Tech
Considerada uma das primeiras aceleradoras do País com o foco em startup-indústria, a Spin Exponential Business, de Jaraguá do Sul, lança nesta terça-feira (21) sua unidade de Joinville. O lançamento ocorre a partir das 19 horas no Carbon Coworking, Região Central, e marca a abertura das operações da empresa na cidade. A Spin é reconhecida por possuir metodologia exclusiva do Vale do Silício, polo de inovação dos Estados Unidos, adaptada ao mercado brasileiro.
Comportamento dos preços
Os produtos que compõem a cesta básica do joinvilense estão mais baratos neste mês, conforme mostra a pesquisa feita em oito redes de supermercados pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). O preço médio da cesta básica é de R$ 243,40, representando leve queda de 0,13% com relação ao valor praticado no mês passado (R$ 243,73) e, 0,82%, considerando a média de agosto do ano passado (R$ 245,42).
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O alívio no bolso, entre os 45 itens avaliados, é puxado pelo quilo da cebola, que está 29,84% mais barata que em julho, seguida da batata lavada (kg), 20,41% mais em conta. Na contramão, o extrato de tomate (350 g) e o litro da água sanitária registraram aumento, respectivamente, de 25,46% e 15,37% de um mês para o outro. Segundo o levantamento, ponderados os resultados o menor preço da cesta básica possível é de R$ 176,18, economia de R$ 4 no comparativo com o mesmo período de 2017.
Churrasco mais em conta
Queda maior de preço foi verificada nos produtos para churrasco, em Joinville. A variação média de agosto é 3,67% menor que os valores médios cobrados no mês anterior. As maiores reduções foram no quilo do lombo suíno, vendido em média 18,87% abaixo do cobrado em julho; e Linguiça Toscana, 10,62% menor. Em contrapartida houve aumento do quilo da costela bovina e Fraldinha: acréscimo de 4,96% e 2,75% cada.
Saques
Os novos saques dos recursos do fundo PIS/Pasep foram liberados para os trabalhadores (contribuintes entre os anos de 1971 e 1988 que não tenham resgatado o saldo) ontem e devem trazer alívio para muitos brasileiros que estão com as contas em atraso. Conforme uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 45% dos cotistas devem empregar o dinheiro para quitar dívidas. O percentual é ainda maior (57%) entre os consumidores que compõem as classes C, D e E.
O segundo e o terceiro principal destino dos recursos é a aplicação em investimentos e o pagamento de despesas do dia a dia, ambos planejados por 30% dos entrevistados. Ao todo, aproximadamente 28,75 milhões de brasileiros têm direito ao saldo das contas, representando uma injeção de R$ 39,52 bilhões na economia como apontam os dados oficiais do governo federal.
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