O empresário Bruno Cauduro, que recentemente assumiu o comando do Sinduscon de Joinville, está esperançoso com as perspectivas de negócios do setor, após passar a onda do coronavírus:
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– Embora o cenário continue incerto e nebuloso, a gente percebe que a retomada, quando vier, será bem positiva.
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Confira a entrevista completa:
Por que o otimismo?
Bruno Cauduro – O governo federal abriu recursos, concede incentivos para o setor voltar e as pessoas voltarão ao consumo.
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Quantas obras estão paradas em Joinville?
Cauduro – Não tenho este número agora. As obras que estão paradas já estavam antes da crise do Coronavírus.
Como está a situação dos licenciamentos ambientais, sempre um problema nos últimos anos?
Cauduro – Já observamos um posicionamento mais positivo por parte da prefeitura. A Secretaria de Agricultura e de Meio Ambiente tem respondido aos ofícios e aos pedidos. Pode acontecer de não dar as respostas que os construtores desejam. Mas há diálogo, as respostas chegam.
Não há possibilidade de retomada consistente da economia ainda neste ano de 2020. A população está assustada, o desemprego em alta. 2020 é um ano perdido…
Cauduro – Sim, 2020 será um ano mais difícil, de muito poucos lançamentos de imóveis. Mas o que se observa é que as famílias estão olhando para suas moradias e fazendo melhorias pontuais, já que estão mais tempo em casa.
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Quem sobreviver – financeiramente- vai se dar bem adiante. É isso?
Cauduro – As pessoas que saírem da crise e sobreviverem economicamente irão às compras. Se 2020 é um ano perdido para quase todos os setores, o próximo ano promete ser bem animado.
Que tipo de tecnologias serão agregadas aos imóveis daqui em diante?
Cauduro – O Sinduscon vai fazer eventos focados em inovação e tecnologia. Mostrar ao mercado e aos trabalhadores da construção novas formas de trabalhar, e também apresentar soluções inovadoras que deem mais conforto aos clientes. Os imóveis vão agregar novas tecnologias. O exemplo mais simples é o das fechaduras eletrônicas, que já estão aí.
As características dos imóveis estão mudando? O que quer o consumidor?
Cauduro – Sem dúvida. As pessoas querem imóveis bem localizados, taxas de condomínios baratas – e isso só é possível com maior número de apartamentos nos prédios. Outra demanda crescente é a de imóveis que tenham manutenção simples; e há exigências por boa acústica, tanto nas lajes, como nas janelas.
Para onde Joinville vai crescer?
Cauduro – Joinville vai se verticalizar. Precisa disso. Expandir a população em lugares distantes de infraestrutura não é bom. A prefeitura deve dar assistência em termos de infraestrutura. Outra coisa que virá cada vez com mais força é o desejo das pessoas morarem perto de casa.
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Que ações o Sinduscon tem adotado para auxiliar os trabalhadores da construção nestes tempos de pandemia?
Cauduro -Vivemos um período de muitas dúvidas. O Sinduscon age, por meio braço social, o Seconci, para explicar e orientar os trabalhadores sobre higiene adequada, preocupa-se com a segurança e para que todos tenham saúde física e mental.