“Vou pagar o preço que for necessário, mas não volto atrás”. A frase é do governador Eduardo Pinho Moreira ao comentar a decisão de reduzir o ICMS e combater o que considera “benefícios fiscais exagerados” para alguns poucos setores da economia catarinense. Explica que grandes redes de varejo com operações em Santa Catarina não pagam imposto – ou pagam muito menos do que poderiam. E, contundente, em entrevista antes da abertura da Expogestão, em Joinville, vai ao ponto central do debate que opôs, nas últimas semanas, indústria, varejo e governo estadual.
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Pinho Moreira avisa: o limite da concessão é a exclusão do setor têxtil da medida provisória 220. Qualquer posição diferente dessa que vier da Assembleia Legislativa não será aceita. “Não dá para ampliar a desoneração para além da indústria têxtil”.
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Nota fiscal
Anota, ainda, em conversa com a coluna:
“Quem faz planejamento tributário não paga imposto. Adquire créditos tributários em negociações interestaduais. Circula a nota fiscal, mas não o tributo”. Também repetiu que serão meses duros para fechar as contas em dezembro: a máquina pública não cabe na receita e o déficit mensal da Previdência estadual é de R$ 4 bilhões por ano.
Chineses miram novos investimentos
Ainda no primeiro dia da Expogestão, houve reunião do governador com o embaixador da China, Li Jinzhang, e os empresários Alexandre Fernandes e Álvaro Garnero em sala reservada. Trataram de temas variados, entre eles, claro, a importância do Terminal Graneleiro Babitonga, o TGB.
Os chineses elogiaram a infraestrutura portuária e classificam o TGB como “obra decisiva, podendo servir como ponto central para ramificar negócios para países próximos”. Também comentaram positivamente sobre a base industrial e os indicadores socioeconômicos catarinenses. Parcerias nas áreas de turismo também constaram do cardápio do diálogo de 25 minutos.
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