Quem olha para o número frio da queda do PIB no segundo trimestre (- 9,7%), acredita que o mundo acabou. Pior ainda quando se toma o dado isolado da indústria, que experimentou recuo de extraordinário de 12,7% entre abril e junho deste ano.

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Sim, o país entrou em choque por causa da paralisação de atividades, decorrente da pandemia do novo coronavírus. Tecnicamente, o Brasil está em recessão. E deve permanecer assim por pelo menos mais um trimestre.

Afinal, se houve melhora significativa nos indicadores econômicos mais importantes desde junho, ainda é muito cedo para se comemorar algo.

Claro que o ânimo é outro, as empresas voltaram a produzir e, aos poucos, o consumo também está sendo reativado. Agora, a projeção mais recente indica que o país vai recuar 5,4% em todo o ano. Isso significa que já se recupera pouco mais da metade das perdas apresentadas no pior momento da crise econômica e  o simples fato de se sair do fundo do poço e poder colocar a garganta pra fora dele, já é um grande alívio.

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O Brasil é maior do que as suas crises, mas não dá pra deixar de reconhecer que os brasileiros empobreceram dramaticamente neste ano. Não é por acaso que o governo federal está estendendo o auxílio emergencial para milhões de muito pobres, até dezembro deste ano. Nas regiões mais miseráveis é este o único dinheiro que faz a diferença, anima a economia local e permite a sobrevivência de famílias sem renda.