A Oxford, de São Bento do Sul, que completou 65 anos de atividades, cresce 14% em 2018 sobre o desempenho do ano passado. No começo do ano, a expectativa inicial era de 20% a mais. A receita bruta deste ano chegará a R$ 351 milhões. Para 2019, a previsão é elevar a receia em 17%. O número de 2018 só não é maior porque houve um hiato de expansão entre maio e agosto – período da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo – quando o mercado travou. A explicação é do diretor-superintendente Irineu Weihermann.

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O mercado interno representa 84% dos negócios e aumentou 10% sobre 2017. As exportações participam com 12% da receita, e 4% vêm da venda de matérias-primas para a construção civil. A grande concentração de negócios no Brasil deriva da incapacidade de competir, globalmente, com os chineses, que dominam 95% do mercado nos Estados Unidos. A Oxford é líder de seu setor na América Latina. Exporta para Argentina, Portugal, Itália, entre outros países. Os produtos da Oxford são utilizados em 60 países.

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Planejamento estratégico 

O planejamento estratégico da companhia prevê, em até cinco anos, dobrar de tamanho. Isso significará ampliar, numa segunda etapa, a fábrica de São Mateus, no Espírito Santo, por exemplo. Outra forma de expansão é pela via das aquisições. A empresa está decidida a investir na ampliação da fabricação de cristais e dobrar a capacidade de produção, de 25 mil peças/mês, para 50 mil peças/mês, no próximo ano, na fábrica da Cristais Strauss. Ainda em 2019, a Oxford vai introduzir no portfólio novos utensílios e acessórios para servir alimentos. Outro objetivo também é crescer no segmento profissional para atender a bares, restaurantes e hotéis.

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A empresa tem mais de 2 mil funcionários distribuídos nas unidades industriais de São Bento do Sul, Pomerode, Campo Alegre e São Mateus (ES). Os investimentos permanentes em tecnologia, design e inovação têm tornado os produtos mais atrativos, duráveis e diferenciados a consumidores brasileiros e do exterior.

Os movimentos mais relevantes da história da empresa na última década:


2010 – Oxford compra a Cristaleria Pomerana, com a qual já terceirizava a produção de cristais. A unidade se mantém ativa na cidade de Pomerode, fabricando peças para a marca Oxford Crystal.

2015 – A empresa entra no segmento de panelas de cerâmica. Nasce a marca Oxford Cookware, que também abriga a linha de refratárias.

2016 – Inaugura em São Mateus, no Espírito Santo, a primeira fábrica da Oxford fora de Santa Catarina. A unidade tem capacidade inicial de produção de 15 milhões de peças por ano.

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2017 – É lançada a marca Oxford Alumina Crystal, integrada por peças fabricadas com alumina, um componente ultrarresistente.

2017Oxford adquire, em leilão, a Strauss, uma das mais tradicionais e valorizadas cristalerias do mercado.

2018 – Companhia amplia sua atuação com novas linhas, incluindo chaleiras de cerâmica, assadeiras em borossilicato, tábuas de madeira e potes para armazenamento de alimentos com fechamento hermético.