Até o começo de maio, a organização da ExpoGestão 2018 confirmará (ou não) a presença de mais um nome de destaque nacional identificado com ideias e conceitos vinculados à renovação nos campos da cidadania e política e em sintonia com valores e práticas no sentido de refletir para reduzir os graves problemas sociais brasileiros.
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Três personalidades são cogitadas: o apresentador de TV Luciano Huck, o empresário e CEO da rede de varejo Riachuelo, Flavio Rocha; além do empresário e mega investidor Jorge Paulo Lemann (o homem mais rico do Brasil, sócio da InBev, entre outros muitos negócios).
Os dois primeiros da lista dependem de como se desenrolará a negociação para candidaturas a presidente da República. A ExpoGestão não partidariza o evento, é claro. Lehmann é busca antiga do realizador Alonso Torres, da Ópera Eventos Corporativos.
Momento desconfortável
O presidente da comissão organizadora do evento, neste 16° ano, é o presidente da Marisol, Giuliano Donini (foto). Ele explica que os nomes foram consultados indiretamente, por meio de pessoas próximos, mas a confirmação dependerá de fatos da cena política nacional.
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— Estamos desconfortáveis com o momento que vivemos. O importante é equilíbrio para enfrentar os desafios. Queremos trazer a reflexão crítica, mas há uma certeza: a ExpoGestão não vai trazer alguém vinculado partidariamente num momento tão delicado do país.
O evento, em 8 a 10 de maio, vai abordar temas variados, todos conectados com as transformações em curso no cenário corporativo de gestão, tecnologias, liderança, tendências do mundo digital e das relações entre pessoas e empresas, análise política e cenário macroeconômico. A programação eclética (ver reportagem nas páginas 6 e 7 ) ainda será completada.
O copo
Em relação ao cenário econômico, Giuliano Donini enxerga o copo menos cheio do que muitos outros.
— Os indicadores não são tão bons como se apregoa ou parecem. A economia ainda não deslanchou. Até o nível de emprego, que melhorou, sim, continua com déficit. A indústria de alimentos anuncia crescimento, mas os preços marcam deflação. A venda de automóveis cresce, é verdade. Mesmo neste segmento, a expansão é bastante ancorada nas exportações. Na prática, isso significa perda de margem para as companhias. A contradição se expressa por uma outra dessas razões: falta de confiança do consumidor brasileiro ou de dinheiro para comprar. Ou por ambas.
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