Nas melhores escolas empre há muitos conteúdos que exploram conceitos de liderança, que se pretendem disruptivos, e muitas delas falam de gestão tendo uma teoria revolucionária a apresentar. O que segue não é nada disso. Mas, certamente, é um conteúdo que ajuda a refletir sobre liderança. Especialmente nos remete a pensar sobre o valor da educação na formação de líderes.

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Enquanto Trump, Putin e Xi se digladiam para ver quem tem maior ascendência global (Estados Unidos, Rússia ou China), a Índia vai ganhando espaços no mundo corporativo, que é, afinal, o que mais interessa no capitalismo. E não apenas com cientistas e profissionais de engenharia e afins.

A Índia não é, faz tempo, um país de miseráveis onde a vaca é sagrada e o trânsito horrível. É nascedouro de cabeças coroadas e quem ocupam posições-chave nos comandos de corporações de diferentes setores. Assim, por exemplo:

O CEO da Google é um indiano. O CEO da Microsoft é um indiano. O CEO do Citigroup foi um indiano. O CEO do SoftBank Vision Fund é um indiano. O CEO da Adobe é um indiano.

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Mais: o CEO da NetApp é um indiano. O CEO da PepsiCo foi uma indiana. O CEO da Nokia é um indiano. O CEO da Mastercard é um indiano. O CEO da DBS é um indiano.

E segue: o CEO da Cognizant foi um indiano. O CEO da Novartis é um indiano. O CEO da Diageo é um indiano. O CEO da Motorola foi um indiano. O CEO da Palo Alto Networks é um indiano.

E a lista de executivos globais continua: o CEO da Reckitt Benckiser é um indiano. O CEO da Coduent foi um indiano. O CEO da SanDisk foi um indiano. O CEO da Harmann é um indiano. O CEO da Micron é um indiano.

O que isso ensina?

Ensina que a Índia não é mais só um país com trânsito caótico nos principais centros urbanos; nos ensina que a Índia não é só um lugar que cultiva a vaca como algo sagrado; nos ensina que a Índia nem é só um país de centenas de milhões de pobres. Embora seja tudo isso, também.

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O que a Índia nos ensina é a relevância da educação como vetor de desenvolvimento pessoal e coletivo. Também nos ensina que um país só avança, de fato, neste mundo globalizado, se o foco dos investimentos públicos – e privados – for, continuadamente, a educação. Foi isso o que a índia fez, intensivamente, desde o começo dos anos 50 do século passado, e vem colhendo frutos duas gerações depois.  

Sim, demora. Mas é a única chance de um país sair dos esconderijos do mundo competitivo para se tornar um player efetivo no mundo das decisões estratégicas dos grandes grupos econômicos, que dominam as relações de negócios no planeta.

A pergunta que fica é: o que nós estamos fazendo nesse sentido para sermos melhores como civilização?