Está em andamento a revolução do modelo econômico em Joinville.
A indústria 3.0, focada na transformação de matérias-primas em produtos acabados, com plantas grandes e linhas de produção a exigir mão de obra em grande escala, será, gradualmente, substituída pela nova matriz, cada vez mais direcionada à tecnologia e à inovação. A indústria 4.0 está aí, a demonstrar que quem perder o bonde certamente vai submergir como agente econômico.
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A hora é de correr atrás do que a China e os Estados Unidos estão fazendo já há alguns anos. E também buscar ensinamentos em polos digitais mais atuantes do que o de Joinville, como é o de Recife, em Pernambuco, por exemplo.
Por que o setor de tecnologia pode liderar a economia de SC
Como evoluiu o ecossistema de inovação na cidade mais rica e industrializada do Estado? Alguns números ajudam a compreender isso. Joinville tem o 21 maior Produto Bruto Interno (PIB) do Brasil e o primeiro de Santa Catarina.
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É a terceira cidade brasileira com maior número de startups, com 115 estabelecimentos. E, em números absoltos, já aparece na sétima colocação. Das 115 empresas nascentes, 75% são da área de tecnologia de informação. O restante divide-se entre negócios de segmentos life science (11%), logística (7%), internet industrial (4%) e novos materiais (3%).
Além da diversidade, o que conta é o crescimento expressivo do setor, verificado ao longo dos anos. Havia três empresas startups em 2008. Eram 15 quatro anos depois. Em 2016 o número saltou para 41. Em 2018 já são 115. Parcerias entre poder público, iniciativa privada e academia deram fôlego aos negócios. A lembrar que foi em Joinville que nasceram Datasul (depois Totvs), Neogrid, Pollux, Conta Azul, Assas, entre outras.
O mapa das startups de Santa Catarina
Agora está surgindo o Ágora Tech Park, no Perini Business Park, que será o grande catalisador para a expansão organizada e consistente do setor de tecnologia no município. A imersão jornalística neste universo resultou na ampla reportagem Nosso Vale do Silício, desenvolvida pela NSC, em múltiplas plataformas – o caderno especial Nós na superedição desse fim de semana nos jornais do grupo é apenas um deles. E, neste contexto, acontece um painel sobre o tema na UniSociesc de Joinville na segunda-feira, dia 12. Vale a pena conferir. E aprender.
Mais prazo
A Receita Federal prorrogou até 30 de novembro o prazo para que empresas regularizem, por conta própria, inconsistências apuradas pelo Fisco nas informações prestadas em guia de recolhimento do FGTS e de informações à Previdência Social.
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No total, 22.299 contribuintes em todo o país foram alertados, sendo 939 de Santa Catarina. O volume de indícios de sonegação verificado nesta operação, para o período de setembro de 2013 a dezembro de 2017, é de aproximadamente R$ 1,6 bilhão em todo o Brasil, sendo R$ 85 milhões em Santa Catarina.
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