A Tupy divulgou os números do terceiro trimestre deste ano. A companhia sediada em Joinville e com negócios em vários países e continentes, apurou o melhor resultado do Ebtida (geração de caixa) da sua história: R$ 188,7 milhões, aumento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebtida ajustado pela constituição/atualização de provisões, baixa de bens do ativo imobilizado, venda de inservíveis e ferramentais atingiu R$ 206,6 milhões, com margem de 15,4% e aumento de 5% na comparação com igual período de 2018. O incremento é decorrente de projetos de ganho de produtividade, melhor mix de produtos e rápida adaptação às variações de volumes.
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As receitas totalizaram R$ 1,339 bilhão, crescimento de 1,8% em relação a julho-setembro do ano passado, como consequência de melhor mix de produtos (CGI, usinados e serviços de
engenharia), depreciação cambial e realizações de preços. Também houve crescimento expressivo das vendas de produtos usinados e CGI, que representaram 26% e 22% do volume,
respectivamente. No ano passado foram os percentuais foram 19% e 13%.
A margem bruta, de 18,2%, também é maior do que aquela obtida no terceiro trimestre de 2018 – de 17,5%.
– O aumento de custos com mão de obra e energia elétrica na comparação anual foi compensado por ganhos de eficiência e outras iniciativas implementadas pela nova
estrutura organizacional, diz o texto da companhia.
A Tupy ainda informa que o fluxo de caixa operacional foi de R$ 155,3 milhões, crescimento de 105,6% em relação ao segundo trimestre de 2019; com endividamento relação dívida líquida/Ebtida ajustado de 1,29 vez, com vencimento concentrado em 2024.
O volume físico de vendas recuou 3,9% ante julho-agosto de 2018, afetado pela diminuição das vendas no segmento de transporte, infraestrutura e agricultura (-)2,8% e queda de 4,4% nos mercados externo e interno, respectivamente) decorrente, principalmente, da
performance de aplicações off-road.
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Houve elevação de 9,6% no segmento hidráulica no mercado interno, oriundo de oportunidades comerciais. Em relação ao mercado externo, ocorreu redução de 9,4%, reflexo da estratégia de recomposição de preços e aumento da participação de produtos em ferro vermicular (CGI – compacted graphite iron) e usinagem.
O aumento das receitas – de 1,8% – é resultante de um melhor mix de produtos, receitas com serviços de engenharia, desvalorização da moeda brasileira e repasse de aumentos dos custos com matérias-primas ao longo de 2018. No mercado interno houve avanço de 11,7%, decorrente do crescimento da receita nas aplicações para veículos comerciais e no segmento de hidráulica.
No mercado externo, no terceiro trimestre, 63,2% das receitas tiveram origem na América do Norte. Por sua vez, as Américas do Sul e Central representaram 19,7% e a Europa, 11,6%. Os demais 5,5% vieram da Ásia, África e Oceania. Diversos clientes localizados nos Estados Unidos exportam seus produtos para inúmeros países. Desta forma, uma parcela relevante das vendas para esta região atende à demanda global por veículos comerciais, máquinas e equipamentos.
A despeito desse efeito e do aumento dos custos com mão de obra e energia elétrica, o incremento substancial da margem bruta reflete a atuação da nova estrutura de gestão em diversas frentes, com aumento de participação de produtos de maior valor agregado, ganhos de eficiência operacional e ações junto a fornecedores.
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As despesas operacionais, englobando despesas administrativas e comerciais, representaram 7,6% das receitas líquidas, atingindo R$ 101,9 milhões. Este valor representou aumento de 10,6% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, originado, principalmente, de maiores gastos com mão de obra.