A Embraco é empresa “de” Joinville? Não, não é mais. Faz tempo! Fundada pelo empresário e ex-prefeito Wittich Freitag em 1971 e iniciando a produção três anos depois, passou às mãos da Brasmotor e, depois, em 1997, para a multinacional norte-americana Whirlpool Corp.. A exemplo da Tupy, está nas mãos de investidores de fora da cidade há duas décadas. 

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Confira: Whirlpool vende Embraco por 1,08 bilhão de dólares

Todas as publicações de Claudio Loetz sobre a venda da Embraco

 

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Então, por que esse alarido todo? Porque, efetivamente, é um nome gigante entre vos gigantes da indústria catarinense e nacional. O nome Embraco é tão forte por aqui, que ainda hoje, ter seu nome vinculado à empresa, representa algum status diferenciado. Basta compreender que a companhia produz algo absolutamente desconhecido das pessoas que não têm familiaridade com tecnicalidades sobre compressores herméticos para refrigeração. A Embraco produz componentes.

O que é preciso verificar, nos próximos meses, é o que os novos donos vão querer da empresa. Os comunicados oficiais das duas multinacionais (a norte-americana Whirlpool – vendedora –  e a japonesa Nidec – compradora) emitidos nesta terça-feira, cuidam e limitam-se a informações básicas da transação bilionária. Em nada avançam nas análises.  São companhias listadas em Bolsa de Valores e quaisquer manifestações públicas pode gerar flutuações.

Aliás, as ações da Whirlpool apresentavam pequena alta, de 0,30%, no meio da tarde, na B3.

 

Veja o comunicado do presidente da Embraco sobre a venda

 

Como a aprovação da venda depende, ainda de um ok definitivo de diferentes órgãos reguladores no Brasil e no exterior, essa história ainda terá muitos capítulos. Ao menos na esfera jurídico-legal, até todo esse processo for finalizado. Nada antes do primeiro trimestre de 2019.

De prático, para os mais de 10 mil funcionários da Embraco (aproximadamente 5 mil em Joinville) e para o conjunto de fornecedores, parceiros e clientes, um misto de surpresa e tranquilidade.

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— O que acontecerá agora comigo? — Esta pergunta soa natural nesta primeira hora de dúvidas generalizadas. 

A inquietação passará à medida em que todos os agentes relacionados compreenderem quais são os objetivos dos asiáticos. E as cartas forem postas na mesa.

 

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