Empresários de todas as partes festejaram a condenação do ex-presidente Lula, por 3 votos a zero. O resultado abre espaço para a economia deslanchar e cria as condições favoráveis para que as empresas e investidores façam girar seus negócios, e apostem na expansão das atividades.
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Nesta quarta-feira, o dólar caiu a R$ 3,18, tão logo o relator do processo, desembargador João Pedro Gebran Neto, sinalizou voto contrário ao recurso judicial do ex-presidente. No decorrer da tarde, a Bolsa chegou a se valorizar mais e mais, com alta, em certo momento, superando 3%, e a Bolsa acima dos 83 mil pontos, e o dólar despencando para 3,15. Certamente um dia extraordinário e de ganhos significativos para milhares de pessoas nas duas pontas do mercado financeiro.
A condenação unânime praticamente retira as chances do petista de disputar as eleições de outubro, e eleva a possibilidade dele ser preso bem antes das eleições de outubro. Claro que os recursos judiciais disponíveis e previstos pela legislação impedem decretação imediata da prisão. No campo da política, Lula ainda pode se apresentar como candidato, e ser registrado oficialmente como tal. E, nesta condição, fazer muito barulho. E só.
Improvável escapar da Lei da Ficha Limpa e, nesta circunstância, tudo leva a crer que será impedido de concorrer. Mas, no dia mesmo da condenação, a senadora Gleise Hoffmann declarava: é hora de radicalizar. Evidentemente, os extremos não nos conduzirão a um futuro civilizatório digno de um país decente. Hoje, como sempre, é momento de agir dentro da legalidade e respeitar as instituições
No preço
O mercado financeiro já tinha, em grande parte, precificado o 3 a zero. Com o resultado, a Bolsa poderá, adiante, evoluir para patamares ainda mais altos, mesmo depois de já ter se valorizado 10% no ano. Como todos os desembargadores recusaram a tese de inocência do ex-presidente, é esperada a entrada de muitos novos bilhões de dólares de parte de investidores estrangeiros na B3. Atualmente, os estrangeiros respondem por algo como 45% da movimentação da Bolsa. A favor da Bolsa como investimento, há dois outros componentes: a inflação dominada (não deverá passar de 4,5% neste ano); e os juros baixos.
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Feriado
Depois da agitação, calmaria. Hoje é feriado em São Paulo e a Bolsa não funciona.
Ânimo aos negócios
No meio empresarial, muita comemoração. O mais enfático é Luciano Hang, o dono da Havan. Vai direto ao ponto:
— A condenação de Lula é a libertação do Brasil.
O sempre ponderado empresário joinvilense Mario Cezar de Aguiar, expressou o sentimento absolutamente dominante:
— Além de dar tranquilidade ao mercado, há um outro efeito prático com o placar de 3 a zero: dá mais segurança aos empreendedores e investidores. Também evita a fuga de capitais externos já alocados no país, exatamente porque se enxerga um horizonte mais tranquilo. O país não deseja ninguém de extrema esquerda ou de extrema direita.
Aguiar, do ramo da construção civil, lembra que a economia é movida por confiança e por expectativas: ninguém investe sem confiança. E ela voltou neste início de ano.
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— No nosso segmento verificamos mudanças positivas na a curva dos negócios.
Marketing
Empreendedor de restaurante, em Manaus, usou o julgamento como instrumento de estratégia de marketing para o negócio: as pessoas que frequentassem o local durante a sessão ganharia desconto de 1% no preço do pedido para cada ano de condenação.