Por iniciativa do Join.Valle, empresários da área de tecnologia de informação de Joinville vão se reunir no dia 3 de julho. O encontro terá o objetivo de propor soluções para a grande escassez de oferta de profissionais – em especial de desenvolvedores – para atender a necessidades de expansão dos negócios. A atração de profissionais e sua retenção na cidade são um enorme desafio. E que chega ao ponto de se pensar numa estratégia para se evitar que empresas tirem trabalhadores especializados das suas concorrentes locais, embora o jogo do capitalismo seja o de busca de resultados rápidos.
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O problema é que essa jamais será solução. Pode parecer cômodo para não criar atritos comerciais e/ou inimizades pessoais entre executivos que se falam cotidianamente. Porém, no capitalismo de resultados, o que importa é exatamente isso: cada um obter os melhores resultados possíveis para si. O mais é perfumaria. E para se obter os melhores resultados, é absolutamente desejável poder contar com os mais preparados funcionários. Afinal de contas, estamos falando de inteligências e o setor chama-se tecnologia da inovação! Então, os criativos e antenados são os trabalhadores mais requisitados, por óbvio.
Esforço
Joinville está fazendo um grande esforço para acelerar nesta direção de formar inteligências e estar apta a ser competitiva no futuro em face de outros municípios, e para ganhar tração num mundo cada vez mais rápido e em transformações inimagináveis, há pouco tempo. Quem ficar para trás, ou não acompanhar os passos dos líderes e não apressar os próprios passos, terá pouco a acrescentar no longo prazo. Se conseguir sobreviver até lá, é claro.
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É forçoso reconhecer que Joinville ainda está em estágio bem inferior nesta área crítica do desenvolvimento contemporâneo das sociedades. Inclusive em relação a Florianópolis, Curitiba e outros polos de TI espalhados pelo País. Os avanços são muito recentes, depois de profunda letargia.
Mundo global
Em tempos de carência de gente qualificada em determinado setor, o comportamento defensivo leva a “estratégias” como “roubar” profissionais dos outros no curtíssimo prazo. Isso quer dizer que, para manter o status quo sem traumas, o pensamento mais imediato leva à ideia de que um acordo tácito entre as empresas para não tirar profissionais uma das outras seria a solução. Evidentemente, não é. Pelo simples fato de que os empregados não são procurados apenas por companhias locais ou da região. Muito pelo contrário! É absolutamente natural a ida e vinda de trabalhadores mais aptos de um lado para outro. Principalmente quando há cidades que já têm inovação e pesquisa científica e tecnologia num patamar mais avançado. Para quem acha pouco, oferecem, ainda, qualidade de vida tão boa ou melhor do que Joinville para morar. E, muitas vezes, empresas de outros polos pagam mais. Portanto, como já está dado, escassez de gente qualificada será o grande gargalo.
Tecnologia da informação
A IT Resource, importante companhia de tecnologia da informação, está contratando 250 funcionários para atuar em diferentes regiões do País, até mesmo no Sul.