O Grupo RH Brasil está lançando a marca Open Job Terceirizações para concentrar o desenvolvimento de soluções de outsourcing e atender a necessidades do mercado. De acordo com o diretor executivo Jonas Krüger (foto), as empresas iniciam movimento de ampliar a terceirização de serviços das mais variadas áreas, no rastro da lei 13.429 – que possibilita a contratação de terceiros, inclusive para a atividade-fim das empresas – e da reforma trabalhista, definida pela lei 13.467.
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Com 24 anos de expertise em consultoria de recursos humanos e presente em oito Estados brasileiros (RS, SC, PR, SP, RJ, PB, MT, MA), o grupo emprega 360 funcionários e administra 10 mil indiretos. Seu portfólio inclui o atendimento a 3,5 mil clientes de médio e grande portes e já colocou no mercado mais de 380 mil profissionais. Em seu banco de currículos, há 2,4 milhões de cadastros em todo o país.
A legislação trabalhista, que já completou seis meses, incentiva as terceirizações, como fez a Tigre, neste mês, com toda a sua área administrativa?
Jonas Krüger – Sim, a terceirização vai se aprofundar. Com as alterações na legislação, observamos, no ambiente empresarial, a criação de comitês de estudos para avaliar os impactos (da terceirização). Na medida em que estes estudos se consolidam e que as áreas de RH começam o planejamento para o próximo exercício, as empresas devem tomar decisões para implementar seus projetos nesta modalidade.
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Será uma opção estratégica das companhias, então?
Jonas – Acredito que a terceirização, como modalidade de contrato mais flexível, deve se tornar uma opção estratégica, com ganhos de inovação, qualidade do serviço e competitividade em custos, tanto para áreas operacionais, administrativas e técnicas altamente especializadas, como para projetos de duração determinada.
Além da questão de custos, quais são os benefícios?
Jonas – Os benefícios vão desde a delegação de processos a terceiros, com ganhos de produtividade e eficiência, até a terceirização de áreas onde todos os profissionais passam a ser recrutados, treinados e geridos sem sobrecarregar a rotina da área de RH da empresa contratante. Isso permitirá que seus executivos foquem esforços em ações estratégicas para a sustentação e o crescimento de seus negócios.
Na RH Brasil, a área de terceirização vai ganhar de importância, então.
Jonas – Atualmente, 20% dos negócios da RH Brasil se relacionam à terceirização. Em três anos, vai dobrar de tamanho. Importante dizer que isso não tem fronteiras. Estamos presentes em oito Estados: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraíba e Maranhão. Nas regiões Sul e Sudeste, essa prática será implantada mais rapidamente.
Esse fenômeno vai se espalhar daqui a quanto tempo?
Jonas – A partir de 2019. Este ano de 2018 é um período mais de adaptações, análises das mudanças. Inclusive em Joinville e região, onde há grandes companhias, a terceirização vai ganhar força. Poderemos ter outras companhias de Joinville fazendo o movimento feito pela Tigre, que contratou empresa terceirizada em Nova Lima, Minas Gerais.
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Que ganhos enxerga para as companhias?
Jonas – Entre outros ganhos, as companhias terão flexibilidade para contratar, terão mão de obra pronta disponível; poderão usufruir de softwares e tecnologias inovadoras, por exemplo. Estatística do IBGE informa que 22% da mão de obra formal no Brasil já são terceirizados.
Que outras consequências virão com ao aumento das contratações por terceirização?
Jonas – Vamos notar maior migração de mão de obra, com os trabalhadores saindo de uma cidade para outra.