Um olhar atento às estatísticas do Ministério do Trabalho – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – informa a realidade dos salários pagos no país. O levantamento mostra que de 2004 a 2019 as empresas criaram 19.050.507 postos de trabalho com salários de até dois salários mínimos. E neste mesmo período de 16 anos, foram fechados 7.884.824 empregos que ofereciam ganhos mensais de dois a 20 salários mínimos.

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O motivo é simples: em meio à baixa qualificação e instrução dos trabalhadores – fator que dificulta a competitividade da economia brasileira em face da competição global -, as companhias aproveitaram-se de períodos recessivos para contratar gente por salários menores em relação aos profissionais dispensados.

Neste ambiente de pouca produtividade e ganhos minguados, fica difícil a economia reagir. A lembrar, que junto com infraestrutura e investimentos (tanto privados como públicos), o fator consumo é um dos pilares a sustentar a formação da riqueza- o PIB.