Correção: até as 20h20 desta segunda-feira (27), a matéria informava que Acij e outras entidades de Joinville haviam assinado a nota contrária às emendas parlamentares. A informação, que havia sido passada pela Associação Comercial e Industrial de Florianópiolis (Acif), foi desmentida pelas entidades e retirada da publicação. 

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Dezenas de entidades empresariais de Santa Catarina estão atentas a qualquer movimentação que possa significar aumento de despesas no setor público. Defensoras de um estado menor e mais eficiente, com melhor alocação dos recursos, estes organismos emitiram nota, nesta segunda-feira (27), contrários a emendas parlamentares que elevariam os gastos do governo do Estado.

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A questão passa por um projeto que garantiria aposentadorias especiais e o afrouxamento das regras de transição para alguns setores do serviço público estadual. Na nota, as entidades alertam que há um novo risco: o lobby da Polícia Civil, que quer a integralidade e paridade salarial de toda a corporação com a Polícia Militar, independente da data de ingresso na carreira.

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As entidades que assinam a nota consideram a aprovação desta proposta “um retrocesso, já que gerará um salto nos custos — de R$ 7,21 bilhões para R$ 18,1 bilhões aos cofres estaduais”. Também alertam para o que classificam de “disparate”, diante do crescimento do déficit da Previdência em 400% nos últimos dez anos, chegando a R$ 4 bilhões em 2019.

Todas as organizações que assinam o documento defendem a isonomia entre os trabalhadores do serviço público e do setor privado. Argumentam, ainda, que essa pressão das lideranças da polícia civil “foge completamente dos objetivos de uma reforma (previdenciária) séria e destinada ao bem-estar da população como um todo”.

Em resposta, a Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (ADEPOL-SC) emitiu nota afirmando que “a polícia civil, instituição com atribuição constitucional de apurar infrações penais, e dirigida por delegados de polícia, é uma instituição comprometida e aguerrida no combate ao crime. E que tem fundamental colaboração para que Santa Catarina seja o Estado mais seguro do País.

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As manifestações de entidades, sejam elas quais forem, no sentido de que as aposentadorias dos policiais civis gerarão custos excessivos ao Estado taxando-as de privilégios, soam ofensivas perante a classe dos delegados de polícia, visto que os pleitos da categoria na reforma mencionada buscam apenas a manutenção de direitos já conquistados por instituições da área da segurança pública como as polícias militar e federal”.

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