Se tudo der certo, a Prefeitura de Joinville anunciará no dia 4 de setembro o nome da empresa vencedora da licitação do estacionamento rotativo, algo muito esperado pelos comerciantes da região central. E, ao menos preliminarmente, antes da divulgação do resultado, é bem provável que dê. Até o momento, não houve manifestação contrária ao texto do edital por parte do Ministério Público e nem do Tribunal de Contas do Estado. O que surpreende a Prefeitura é a pequena procura pelo edital de um negócio milionário e de longo prazo. Até agora, três empresas foram contatadas pela Prefeitura para apresentarem orçamentos e apenas outras duas fizeram pedido de informações sobre o teor do edital. Há, nessa lista, empresa de Joinville, de outra cidade catarinense e até de fora de Santa Catarina interessadas. O edital prevê contrato por 20 anos, somando receita de R$ 315 milhões no período. A tarifa máxima permitida é de R$ 3,50, mas é óbvio que a proposta vencedora apresentará valor menor. 

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Três reais

Glaucus Folster, do Departamento de Trânsito de Joinville (Detrans), estima que o preço a ser pago pelo usuário deverá ficar ao redor de R$ 3 para estacionar em uma das 3.200 vagas a serem criadas na Zona Azul na região central da cidade. 

– Considerando o comportamento do mercado e com base na prática em outras licitações do gênero, a tarifa poderia baixar 30% em relação ao valor máximo estabelecido.

A ganhadora na questão do preço terá de demonstrar, na prática, que está apta a instalar os equipamentos nos locais indicados. Essa “prova-conceito”, na linguagem técnica, deverá ser realizada durante 20 dias, após a homologação. Na sequência, o vencedor terá 90 dias para operar o rotativo. Desta forma, e sem que haja nenhum recurso por parte de algum dos concorrentes perdedores, é possível que a implementação do sistema de estacionamento rotativo aconteça em fevereiro ou março de 2019.

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Novos mercados

A Franke, com fábrica brasileira em Joinville, prospecta novos mercados fora do país, como Argentina, Peru, países da América Central e do Caribe. A informação é do presidente da companhia multinacional suíça no Brasil, Fabio Boulos Machado. Atualmente, além do mercado local, a companhia exporta para Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai, além de alguns países da América Central. 

Os canais de vendas contam com atacadistas, home centers, construtoras e integrantes do sistema Kitchen System Dealers (KSD) em todo o Brasil. Este último é o principal meio de promover o crescimento da marca. Em parceria com lojas de todo o país, a Franke demonstra e oferece, em um único espaço, sistemas completos de cozinha de alto padrão.

Nesta quinta-feira, inaugurou um novo espaço em São Paulo, com o objetivo de atender a profissionais de arquitetura e decoração e apresentar seus sistemas completos para o consumidor final.

Neste ano, o investimento é pequeno: de R$ 3,5 milhões em novos produtos e automação no parque fabril, em Joinville. A Franke pertence ao Grupo Artemis e é líder global no fornecimento de soluções e equipamentos para cozinhas domésticas, banheiros residenciais, banheiros públicos, serviços para cozinhas profissionais e preparação de café. O grupo opera em todo o mundo e emprega 9 mil pessoas em 37 países.

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O atraso

Dados do Orçamento Geral da União sobre investimentos em infraestrutura de maneira geral, em Santa Catarina, e monitorados e divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina revelam o status de 52 obras e projetos de infraestrutura de transporte de Santa Catarina que, juntos, somam R$ 7,38 bilhões.

Do total, 59% delas estão com o prazo expirado; 31% estão com o andamento comprometido; e 10% estão com o ritmo normal. Os trabalhos monitorados são dos modais aeroviário (oito obras), aquaviário (quatro obras), ferroviário (sete obras) e rodoviário (33 obras).

Em 2018, dos R$ 840 milhões previstos para investimentos em obras de transporte em Santa Catarina, foram pagos só R$ 181 milhões, dos quais 58% são de restos a pagar de anos anteriores.

Significa dizer que os atrasos, enormes, na execução dos serviços, prejudica a competitividade catarinense. Em especial, dificulta a indústria – dos mais variados segmentos e de diferentes regiões do Estado – a se apresentar com custos menores na disputa por mercados. E, claro, é um dos fatores do chamado “custo Santa Catarina” na hora de empresários decidirem onde alocar seus recursos para construir ou ampliar negócios.

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