A taxa média de juros praticada pelos bancos em julho foi de 6,99% ao mês, o equivalente a 124,97% ao ano. É a menor taxa desde junho de 2015. O dado é da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac). Se este número é aparentemente positivo, as variações ocorridas na taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central de março de 2013 a julho de 2018 indicam uma redução da Selic de 0,75 ponto percentual. O recuo foi de 7,25% ao ano em março de 2013 para 6,50% ao ano em julho de 2018. Neste mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou elevação de 37 pontos percentuais. Saltou de 87,97% ao ano em março de 2013 para 124,97% ao ano em julho de 2018. 

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Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve elevação de 13,23 pontos percentuais. No caso, foi de 43,58% ao ano em março de 2013 para 56,81% ao ano em julho de 2018. Os números explicam o grau de endividamento da sociedade: os juros são exagerados para a capacidade de pagamento dos cidadãos. E como, numa sociedade capitalista, “quem não deve, não tem”, é natural compreender os 60 milhões de endividados no Brasil. Com salário médio nacional inferior a R$ 2 mil, comprar a prazo é absolutamente inevitável.

 

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