Em Joinville, o mercado imobiliário teve resultados expressivos no terceiro trimestre do ano revela novo levantamento da Brain Inteligência Imobiliária realizado com exclusividade para o Sindicato da Indústria da Construção de Joinville.

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O número de lançamentos foi recorde para o período, desde 2016, quando a pesquisa começou a ser feita.  DE julho a setembro deste ano foram lançados 13 empreendimentos residenciais verticais (prédios).

Foram lançadas 649 unidades (apartamentos), um aumento de 137% em comparação ao terceiro trimestre de 2019. Outro dado mostra a evolução do mercado na cidade mais populosa de Santa Catarina: o valor geral de vendas (VGV)  lançado teve crescimento de 173,3%.

E não é só. Num claro sinal de aquecimento dos negócios imobiliários, o levantamento da Brain também indica crescimento significativo de vendas. A alta foi de 75% na comparação entre o terceiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado. Este foi o segundo maior volume vendido,  em reais, desde 2016.

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Até setembro, Joinville tinha pouco mais de 1.600 unidades residenciais verticais em estoque. A  preferência tem sido por apartamentos de dois dormitórios do padrão standard, com faixa de preço em torno de R$ 400 mil. A expectativa do setor é que até dezembro, o VGV vendido na cidade chegue a R$ 700 milhões.

Em termos de valorização, o preço médio do m² subiu 7% na cidade em relação ao ano anterior. Boa notícia para investidores, construtoras e incorporadoras. Mesmo com a alta no preço médio do imóvel, não houve repasse total da alta dos preços das matérias-primas usadas na construção civil ocasionada em razão da escassez de oferta por parte da indústria. O aumento médio dos insumos foi de 60% nos últimos 12 meses no Brasil.

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Além disso, o momento para a compra de um imóvel é ideal em função da queda – também histórica – na taxa de juros do financiamento imobiliário no Brasil aponta o presidente do Sinduscon, Bruno Cauduro. Segundo levantamento realizado pela Brain , a queda nos juros fez com que o número de famílias habilitadas a financiar R$ 200 mil aumentasse em 35% apenas na capital paranaense. E, com variações, essa situação também ocorre em outras praças – Joinville inclusive.

Outro indicador macroeconômico dos custos do setor da construção civil é o CUB. Em novembro de 2020 o indicador fechou em R$ 2.022,93.Na geração de empregos, o setor se destaca em todo o país. Ao lado do agronegócio, foi o único a gerar saldo positivo de empregos até setembro (102 mil empregos na construção civil no Brasil). Em Santa Catarina, o setor emprega 105.505 trabalhadores com carteira assinada. O saldo de novas vagas abertas até setembro foi de 4.567.

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Em Joinville, o setor criou 142 novas vagas apenas em setembro e, atualmente,  tem 7.269 trabalhadores atuando com carteira assinada na cidade.

Outra informação relevante vem de pesquisa feita pela Fiesc:  o índice de confiança do empresário da construção civil catarinense marcou 51,5 pontos em outubro, portanto acima da linha divisória entre pessimismo e otimismo, que é de 50 pontos. Isso acontece porque a taxa de juros se mantém em mínimas históricas e estimula a atividade econômica do setor. Em setembro, que é o mais recente levantamento disponível, a indústria da construção civil, em Santa Catarina, criou 932 postos de trabalho, num claro sinal de melhora.

Com estas informações positivas, o cenário que se avizinha para o próximo ano também é promissor. Mas um lembrete é necessário: em 2021 não mais haverá auxílio emergencial às famílias mais pobres. E esse fator deverá inibir compras de materiais de construção para pequenas reformas em residências – que é fatia importante de negócios da cadeia de negócios da área da construção.