O Ministério da Ciência e Tecnologia lançou edital para construção de quatro centros de inovação no país. Serão centros voltados às áreas da indústria 4.0., agro, saúde e cidades inteligentes. A apresentação de propostas poderá ser feita até o dia 20 de maio. O secretário de Empreendedorismo e Inovação do ministério, Paulo Alvim reuniu-se, na quinta-feira, dia 12, com grupo de 15 empresários e gestores de universidades locais para explicar como funciona o edital. Alvim elogiou o perfil empreendedor de Joinville, mas lembrou que Joinville precisa dar mais visibilidade ao que faz.

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Alvim destacou que é fundamental o Estado de Santa Catarina se una em torno de uma única proposta. Florianópolis e Itajaí também já estão se mobilizando. O secretário diz que SC é visto como um Estado de inovação – e a inovação passa pelo setor industrial. Do encontro também ficou claro que os líderes empresariais e da academia de Joinville vão em busca de apoio da Fiesc para sua pretensão.

Como o senhor vê a inovação em Santa Catarina?

Paulo Alvim – Santa Catarina é um Estado inovador e a inovação passa pela indústria. A interação das universidades com as empresas é essencial. O centro de inovação vai atender a médias empresas – as grandes já têm estruturas próprias. No caso de um centro voltado à indústria, o importante é ter uma integração nacional da cadeia de valor.

Vários outros Estados também vão se habilitar a disputar o edital.

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Alvim – Importante é o Estado de Santa Catarina apresentar uma única proposta.A indústria tem a cara de SC e o país respeita a indústria do Estado. As próprias universidades têm forte vocação direcionada às indústrias.

O ecossistema de inovação de Joinville evoluiu muito nos últimos anos.

Alvim – Olhando de fora, só se fala no ecossistema de Florianópolis, o ecossistema de software. A inovação em hardware, em produto, não é perceptível. Mas ela está em Joinville e toda a região. As empresas que vem para Joinville não se instalam na cidade por acaso. A UFSC, de Joinville, só forma engenheiros e isso é fundamental. Tem que agregar centros de inovação e desenvolvimento e pesquisa às empresas. Tem de dar mais visibilidade ao ecossistema de Joinville. Precisa fazer barulho. O país tem de atrair empesas de geração de alto valor.

Qual é o valor do edital?

Alvim – O edital prevê R$ 2 milhões por ano, durante cinco anos, o que dá R$ 10 milhões, podendo ter novos aportes adicionais. Há R$ 40 milhões assegurados para a execução do projeto todo. Neste governo se garante os recursos para depois se buscam os pesquisadores. A Finep – Financiadora de Estudos e Pesquisas -tem um passivo de R$ 3 bilhões. Significa que no passado foram aprovados projetos que somam R$ 3 bilhões, mas os projetos nunca saíram porque não havia dinheiro.

Os recursos se destinarão a que finalidades?

Alvim – Há garantias de que os aportes adicionais virão. É dinheiro para custeio. Não haverá dinheiro para obra físicas, nem para construção de prédios, por exemplo.

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