Números oficiais revelam: 2017 foi o ano com a menor metragem quadrada de projetos de construção aprovados pela Prefeitura de Joinville desde 2008. No ano passado, a unidade da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), que cuida do assunto, aprovou apenas 723.891 m², referentes a 1.372 projetos imobiliários de diferentes perfis e tamanhos. Em 2007, foram 647.308 m², distribuídos por 1.666 iniciativas. O dado do ano passado é, ainda, inferior aos 797.860 m² da área total aprovada em 2016 e bem distante do aproximadamente 1 milhão de m², que tem sido, praticamente, a média anual do período, que vai de 2008 a 2015. Antes do recuo havido no último biênio.

Continua depois da publicidade

Os dados de 2017, exclusivamente, comprovam que a nova e recente Lei de Ordenamento Territorial (LOT) não impactou, por enquanto, no negócio da construção civil. Dois fatores podem explicar isso: há grande estoque de imóveis ainda por vender; e falta crédito para financiamentos em condições que sejam compatíveis com o poder econômico e o nível de renda de boa parte dos candidatos à aquisição de casas e/ou apartamentos.

A realidade é indesmentível: o mercado imobiliário andou de lado durante vários anos no município mais populoso do Estado. O pico dos negócios, neste lapso de tempo pouco superior a uma década sob análise neste espaço, ocorreu no glorioso ano de 2010, quando a Prefeitura autorizou a construção de 1.127.939 m2, correspondentes a 2.453 empreendimentos.

405 campos de futebol

Uma conta mostra que nestes 11 anos consecutivos, a Prefeitura autorizou a construção de 10.431.828 metros quadrados. Um elemento que merece atenção diferenciada é a de projetos de residências multifamiliares (prédios) porque eles indicam, com bastante clareza, a realidade imobiliária de Joinville. Neste aspecto estrito, de 2007 até 2017, foi autorizada a construção de uma área de 2.895.160 m² somente para prédios. É como se tivessem sido erguidos empreendimentos em cima de 405 campos de futebol.

Continua depois da publicidade

O atualizado relatório da Sema considera diferentes modalidades de construções. Vão desde casas, a prédios – estes listados tecnicamente como residências multifamiliares –, passando por comércios, prestadores de serviços, indústrias e estabelecimentos mistos: residencial e comercial.

Na tabela abaixo, destacamos os dados gerais, ano a ano, e o total geral apurado nos 11 anos considerados. São informações que auxiliam a compreensão da situação econômica do município. Assim, é possível se extrair conclusões sobre a evolução dos negócios e do comportamento da sociedade em relação a moradia. E de como pretende viver.

Concentração de renda

Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destaca crescimento da concentração de renda no Brasil no período de 2014 a 2016. No ano de 2016, 67.934 pessoas ganhavam mais de 160 salários mínimos por mês. Alta de 2,2% no triênio, já descontada a inflação. Este grupo de brasileiros teve renda de R$ 399 bilhões em 2016.

Empregos

Relatório da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável e da Junta Comercial de Santa Catarina mostra que foram abertos 8.333 novos negócios em Joinville no ano passado. Este número representa um crescimento de 16,75% em relação a 2016, quando 6.937 empresas foram constituídas. Entre as categorias com maior destaque, estão as atividades de gestão de resíduos e descontaminação, negócios imobiliários; e o setor educacional.

Continua depois da publicidade

Direito ambiental

O Martinelli Advogados, um dos maiores escritórios do País, promove no dia 2 de março, em São Paulo, um evento sobre direito ambiental em parceria com a Pace University (EUA). Participarão do encontro professores da Pace reconhecidos internacionalmente pela sua atuação na área, além de ex-alunos brasileiros de pós-graduação da universidade e advogados da área ambiental do Martinelli.

Entre os destaques está a participação dos professores norte-americanos Nicholas Robinson, David Cassuto e Claudia Green, que irão encabeçar os três painéis do evento.

Homenagem

O MOV 47, pilotado por ex-lideranças da Acij Jovem, vai homenagear o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, por seus 15 anos de atuação no serviço público. O ato será na Escola Bolshoi, na segunda-feira, dia 26, às 17 horas.

e-Social

Significativo percentual do valor arrecadado prentendido pelo Fisco para o ano de 2018 será resultado de irregularidades identificadas por meio do e-Social, sistema de escrituração digital da folha de pagamentos e das demais obrigações acessórias relativas à contratação e à utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício.

Continua depois da publicidade

O e-Social surgiu com o objetivo de centralizar as obrigações acessórias trabalhistas e previdenciárias em um único documento. A nova obrigação acessória, que já é obrigatória para empregadores domésticos, passará a valer para empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões. O prazo para o envio de informações é 28 de fevereiro.

Amplia

A multinacional alemã TOX Pressotecnik está ampliando suas instalações fabris da unidade de Joinville. A inauguração será no dia 1º de março. A empresa já atua na cidade há há 17 anos. Especialista na tecnologia de união de chapas a frio, atuadores hidropneumáticos e eletromecânicos, prensas e máquinas especiais, atua no mercado automotivo e linha branca.

Emreendedorismo

O Programa Scale-up, iniciativa da organização mundial de fomento ao empreendedorismo Endeavor, está com inscrições abertas em Santa Catarina. Serão selecionados 20 empreendedores que se destacam no mercado pelo alto crescimento. Durante o programa, os participantes terão acesso a mentorias exclusivas. As inscrições vão até 6 de abril, e os interessados podem saber mais em scaleupendeavor.org.br.