Os empregos, em Joinville, estão voltando. Aos poucos, mas estão. Ao menos é o que sinaliza informação de empresa especializada em recrutamento e seleção de trabalhadores. A RH Brasil está anunciando a existência de 500 vagas de emprego a serem preenchidas por companhias joinvilenses. Recentemente, a mesma consultoria já havia fechado volume parecido.

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–  A retomada veio forte, mas de um outro jeito: pela via de postos de trabalho temporários diz executivo da RH Brasil.

Em função da instabilidade econômica provocada pela pandemia, e como ainda há muitas incertezas,  as empresas estão optando por esta modalidade de contratação. Grande parte das contratações são para indústrias da construção – principalmente plástica -, além de fabricantes de produtos da linha branca e eletrodomésticos.

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A maioria das funções é para serviços operacionais, de produção, mas também estão surgindo vagas técnicas, como de manutenção elétrica, que dão suporte às atividades operacionais.

Claro que o chamamento das empresas para preenchimento de vagas é uma boa notícia. Mas estamos longe, bem longe, de ter o que comemorar como sociedade.  Dois números que recolho de matérias do colega e colunista Jefferson Saavedra: em 2017, Joinville foi a cidade que mais criou empregos em todo o país; agora, em 2020, durante estes meses de pandemia, Joinville é o 15 município brasileiro que mais perdeu empregos em todo o Brasil.

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Lógico que ambos os dados têm relação direta com o fato de Joinville ser um município industrial e de áreas de serviços em expansão. Então, acompanha de perto as oscilações econômicas do país.

Outro dado levantado pelo colunista Jefferson Saavedra dá bem a ideia da situação: um terço dos trabalhadores joinvilenses – 65.200 – tiveram jornada e salário reduzidos, ou seus contratos de trabalho suspensos, desde o começo da Covid-19.

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A crise econômica está aí e nada sugere que vá embora tão cedo. O motivo é simples: ela acompanha a crise sanitária, e se relaciona diretamente com os casos de Covid-19, que acontecem na cidade, no Estado e no país. Não há prazo para a doença deixar de esse espalhar. Bem ao contrário. Aqui no Sul, e em Santa Catarina, em particular, vivemos o pior momento, com o aumento diário de casos, quer em suas manifestações mais brandas, quer pelo acúmulo de mortes.

Cravaremos mais de 500 mortos nesta segunda-feira em todo o Estado.

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