O Índice de Atividade Econômica do Brasil, que é considerado uma prévia do PIB, apontou queda de 0,73% na passagem de janeiro para fevereiro de 2019. Esta foi a maior redução da atividade econômica mensal desde a greve dos caminhoneiros, há 11 meses. (Está em articulação uma nova paralisação dos caminhoneiros para maio). Em Santa Catarina, o indicador mostrou estagnação na variação do mês. Na comparação com o mesmo mês, o desempenho foi positivo, alta de 2,58%, o que se reflete em um crescimento anualizado de 1,96%, contra média nacional de 1,65%.
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Há, por enquanto, ceticismo entre grandes players do mercado. O Ibovespa caía 2% às 13 horas, O recuo foi um pouco menor, de 1,63%, às 15h50. O Bradesco calcula que haverá queda de 0,1% no Produto Interno Bruto no primeiro trimestre do ano. Com o mercado financeiro, via Focus, revisando o índice para todo o ano, para baixo pela sétima vez – agora de 1,97% para 1,95% – já há analistas da cena econômica argumentando que o ano está perdido.
Diante desse quadro no horizonte, não será nada improvável uma mexida para baixo na taxa de juros básica, a Selic. É. Pode ser. E mesmo que sobre algum otimismo extra, não há clima para uma forte recuperação dos negócios ao longo dos próximos meses. Intrigas demais dentro do Planalto; vai-e-vem de notícias contraditórias em torno da reforma da Previdência, e descrença dos investidores sinalizam nessa direção, por ora.
Análise da XP Investimentos coloca em perspectiva a possibilidade de recuperação ainda no primeiro semestre, à mediada em que a agenda da reforma da Previdência avance. No primeiro trimestre, os principais destaques positivos ficam com os resultados dos bancos e de empresas de aluguel de veículos.
Aços e tributação
Quem esteve recentemente com o secretário da Fazenda, Paulo Eli, foi o vice-presidente de Finanças Corporativas da ArcelorMittal, Alexandre Barcelos. No encontro trataram de questões tributárias e sobre o projeto de expansão. A multinacional anunciou, em agosto de 2018, que tem intenções de investir US$ 330 milhões na unidade de Vega, em São Francisco do Sul. O governo estadual está padronizando a legislação tributária em Santa Catarina. Já houve conversas com indústrias do setor metalmecânico, de aços planos e laminados. A unidade em São Francisco do Sul atende a indústria automotiva, de eletrodomésticos e da construção civil. O investimento ampliará em 700 mil toneladas a capacidade da usina e a previsão é que os novos equipamentos entrem em operação em 2021.
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