A rede Átrio Hotéis, de Joinville, fechou parceria com a Hemisfério Sul Investimentos (HSI) – fundo focado em investimentos e gestão no mercado imobiliário e crédito estruturado. Pelo acordo, a HSI permanece como proprietária dos 16 hotéis, mas eles serão gerenciadas pela Átrio sob a marca Ibis Styles. A Accor é o mais importante franqueado da rede mundial AccorHotels. As unidades que fazem parte do negócio agregam 1,9 mil quartos na América do Sul. A parceria permitirá o ingresso em nove cidades inéditas: Alagoinhas (BA), Bauru (SP), Boa Vista (RO), Franca (SP), Maracanaú (CE), Palmas (TO), Parauapebas (PA), Pouso Alegre (MG) e Rondonópolis (MT).

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Nesta entrevista, o diretor da Átrio, Paulo Caputo, explica os planos.

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O que significa esse negócio?

É um ganho relevante. Somamos mais 1,9 mil quartos, e passamos a ser, de fato, uma rede que administra hotéis em âmbito nacional. Com a administração da carteira de hotéis da HSI, a Átrio Hotéis somará, até o final do ano, 54 unidades e 6,6 mil quartos, em 41 cidades de 12 Estados. Já somos a quinta maior operadora do Brasil. Administramos 49 hotéis. Até o fim do ano virão os estabelecimentos de Erechim e Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul, em Curitiba e em Itatiba e Santos (SP).

 

Já se percebe melhora nos negócios neste ano?

No último trimestre de 2017, já observamos crescimento consistente. E de janeiro a março de 2018, a alta foi de 15%, na comparação com a mesma base de hotéis que estavam em funcionamento no ano passado.

 

Como avalia a atividade hoteleira no país?

Haverá expansão da rede hoteleira pelo Brasil. A exceção é o Rio de Janeiro, onde há oferta exagerada de leitos. Em Florianópolis e em Joinville, a taxa de ocupação também voltou a crescer, mas as tarifas continuam estáveis.

 

Qual é a meta da Átrio?

Nosso objetivo é chegar aos 100 hotéis. A expansão, no começo, é mais demorada. Acredito que vamos evoluir rapidamente, sempre com o cuidado de olhar para oportunidades que façam sentido com o nosso propósito. Procuramos hotéis em cidades maiores e em municípios médios e grandes. Em Santa Catarina, olhamos para novas oportunidades em Florianópolis. Em Joinville, vamos construir o Ibis Budget – de perfil mais popular. Pretendemos entregar a obra em 2020.

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O que vocês trazem de novo à gestão hoteleira?

Um modelo de negócios único aos projetos, que associa uma marca hoteleira internacional (a Accor) a um sistema de gestão focado no retorno para o investidor e a manutenção do seu patrimônio.

 

A expansão da atuação da empresa virá de que forma?

O fundo imobiliário da Átrio Hotéis está ancorado na XP Investimentos e vamos em busca de aquisições de hotéis via fundo. Interessa-nos hotéis com mais de 150 apartamentos, localizados em cidades médias e grandes. A hotelaria em cidades pequenas tem rentabilidade muito baixa. Os fundos imobiliários estão se consolidando, é um tipo de negócio que surgiu durante os anos de crise econômica. Neste ano, a meta é crescermos 10% nas operações.

 

Na opinião do senhor, o flat ainda é um negócio rentável?

O flat não é mais replicável em grande escala. Tem problemas sérios: dificuldade de fazer as reformas nos apartamentos de forma homogênea, e há o conflito entre os interesses de moradores e investidores.

 

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