A consultoria Mc Kinsey foi contratada pelo governo federal para elaborar amplo e detalhado diagnóstico e produzir estudo para dimensionar a política pública referente ao Plano Nacional da Internet das Coisas, na qual as diretrizes para o desenvolvimento da indústria 4.0 se inscrevem. Após estudos e análises prospectivas, a União prioriza quatro áreas, a merecer atenção especial: manufatura, cidades, saúde e agronegócio.
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Os fatores que levaram a estas escolhas são a capacidade de criar tecnologias e a possibilidade de medir a demanda por serviços de Internet das Coisas (IoT). Agora é hora de avaliar o capital humano, a chance de termos oportunidade de inovação e inserção internacional. O ambiente regulatório, e elementos como segurança e privacidade e infraestrutura de conectividade também serão relevantes para a evolução de IoT no Brasil.
O empresário joinvilense José Rizzo Hahn Filho, liderança da Associação Brasileira da Internet Industrial (ABII) destaca que, em Santa Catarina, há frentes abertas neste campo da internet industrial. Exemplifica:
— O Instituto Senai de Inovação de Florianópolis, que faz pesquisa e desenvolve tecnologias de sistemas embarcados, já tem 20 funcionários e mais bolsistas para aplicar conhecimentos no desenvolvimento de sensores. No âmbito nacional, a ABII já tem 50 associados e vai crescer bastante.
O líder empresarial não tem ilusões: o governo do Estado não terá, no curto prazo, política pública direcionada à concessão de vantagens para este segmento.
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— Pelo contrário, o governador Eduardo Pinho Moreira, em entrevista nesta semana, falou em reduzir benefícios fiscais já em vigor para empresas (de ramos tradicionais).
União entre entidades
Neste ambiente, Rizzo gosta de ver as situações de uma forma estadualizada, com um olhar para Santa Catarina como um todo. Reconhece haver concentração de atividades na área de tecnologia em Florianópolis, que avançou antes nessa direção.
— Mas Joinville acordou e há um time de empreendedores e de agentes do poder público identificados com a causa.
Ele faz um alerta: para que essas ações locais não se percam com a mudança de governo a partir das eleições municipais de 2020, é essencial que se traga o programa Join.Valle para uma associação, um ente que não seja 100% público. E, sim, tenha a participação de iniciativa privada, universidades e Poder Público.
— Já que a cidade vai crescer bastante, temos que garantir que uma economia sustentada em inovação e, para isso, é interessante ter políticas favoráveis a atrair empresas de fora.
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