A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina vai divulgar, na próxima semana, dados de pesquisa feita com indústrias associadas sobre os efeitos do coronavírus em relação aos negócios. A executiva do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-SC), Eliza Coral, lembra que os estoques atuais de componentes e insumos foram comprados no final do ano passado e, como muitas empresas de diferentes segmentos têm estreita relação com os mercados chinês, italiano e alemão, acendeu o sinal de alerta.

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— A China é o principal mercado para Santa Catarina; já está difícil receber componentes, avalia. Os setores mais atingidos serão os de componentes elétricos, máquinas, a cadeia de tecnologia de informação e computação, a indústria têxtil e o setor de energia.

Para a China, SC exporta soja, pallets de aves e suínos, madeira…

A indústria catarinense ainda não confirma a falta de contêineres nos portos, mas Coral argumenta que o Produto Interno Bruto vai cair de maneira significativa. No começo do ano a projeção para o crescimento do PIB do Brasil era de 2,5%, agora já foi revisado para 1,9%. Na percepção dela, o momento não é para apavoramento, mas reconhece que o prognóstico não é favorável.

Num cenário tão incerto, a favor de Santa Catarina joga a sua matriz econômica diversificada: e isso permitiu que crescesse mais do que o dobro do Brasil no ano passado.

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O que está claro é que a evolução do problema vai depender da capacidade de reação e de controle do Coronavírus em todos os países. Mas não há, por enquanto, na Fiesc, nenhuma agenda específica para avaliar o assunto Coronavírus.