A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) projeta que o Moinho Joinville receba 3 mil pessoas por dia em atendimento em serviços de educação, saúde e tecnologia e inovação. A proposta de aproveitamento da estrutura, adquirida neste ano junto ao grupo Bunge, foi discutida nesta quarta-feira, dia 20, com autoridades municipais e lideranças empresariais, em reunião realizada no Instituto da Indústria. A intenção da Fiesc é instalar inicialmente serviços educacionais do Sesi e do Senai – do ensino fundamental (a partir dos seis anos de idade) até pós-graduação.

Continua depois da publicidade

O presidente, Mario Cezar de Aguiar, participou do encontro e destacou que a nova unidade da instituição será a primeira a receber o projeto Educação Sesi/Senai 2030, tornando-se um centro de referência em educação para as entidades. A partir de 2020 iniciam-se turmas de educação infantil no bairro Guanabara.

Um dos pontos centrais da discussão foi a integração do projeto de utilização do Moinho Joinville com as propostas da Prefeitura para a revitalização do centro da cidade, aproveitando as potencialidades de suas áreas verdes e a os aspectos culturais. O prédio, construído em 1913 tem 19,7 mil metros quadrados de área, localizado num terreno de 53 mil metros quadrados. Em 1851, o local foi o ponto de desembarque dos imigrantes fundadores de Joinville (de origem germânica, tornando-se, posteriormente, o Porto Cachoeira.

O secretário municipal de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável, Danilo Conti, apresentou a proposta do Executivo municipal de integrar o projeto de reutilização do Moinho com o do Parque Linear Porto Cachoeira e o de requalificação do Centro e outros de revitalização urbana. A prefeitura também pretende ouvir a comunidade para a elaboração e consecução desses projetos. Os investimentos e a ocupação serão gradativos, dentro da política de ampliação da oferta de serviços da Fiesc na cidade.

O vice-presidente da federação para a região Norte-Nordeste, Evair Oenning, comentou que o ensino médio do Sesi e Senai responde por 20% das matrículas da rede privada nesta fase educacional na cidade. Atualmente oferece cursos de aperfeiçoamento, qualificação, técnicos, de graduação, pós-graduação, com 13 mil alunos por ano, além de mobilizar atualmente R$ 75 milhões em 24 projetos em desenvolvimento nos institutos de inovação. Nos últimos cinco anos, o Sesi realizou na cidade 9 milhões de atendimentos, em 50 mil procedimentos em saúde.

Continua depois da publicidade