Infraestrutura é o maior gargalo da economia catarinense. Há anos. Por isso, a Fiesc vem insistindo em abordar o tema e tem feito sucessivas reuniões com agentes públicos para que as obras aconteçam com mais rapidez.

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Desta vez o encontro foi com o senadores Dario Berger, Esperidião Amin e Jorginho Melo, como forma de cobrar ações junto aos órgãos federais. Berger é presidente da comissão de infraestrutura do Senado Federal. Uma das informações dadas pelo presidente da federação, Mário Cezar de Aguiar: Santa Catarina arrecada para o orçamento da União 47 vezes mais recursos que sua demanda anual por investimentos federais em infraestrutura.

Quer dizer, o estado não é, nem de longe, atendido em suas demandas prioritárias na melhoria de estradas federais, ferrovias, aeroportos. Em 2020, o estado enviou a Brasília R$ 69,8 bilhões em impostos. 

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E os investimentos da União, em infraestrutura no estado, somaram apenas R$ 471 milhões, enquanto segundo a Agenda Estratégica, editada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina, são necessários 1,47 bilhão por ano – dinheiro suficiente para a conclusão das obras das BRs 470, 163, 280, 282, acessos aos portos e aeroportos e até avançar com os projetos de ferrovias, argumenta a Fiesc.

Outro dado a revelar as distorções do pacto federativo aparecem, ainda, de outra forma: o volume de recursos que retornou a Santa Catarina, em 2020, soma R$ 7,4 bilhões, o que representa 10,6% do total arrecadado e inclui outros gastos governamentais, inclusive o custeio da máquina administrativa.

A carência de investimentos em infraestrutura não é um problema restrito a Santa Catarina. “O Brasil investe em infraestrutura menos da metade do que é necessário, assim, o país tem uma defasagem de 20 a 40 anos no desenvolvimento do setor no que diz respeito a rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, energia, saneamento e mobilidade urbana”, afirmou Berger.