A palavra felicidade já consta do dicionário corporativo e passou a ser vetor de produtividade. Constitui-se em elemento incorporado aos mantras de gestores comprometidos com a qualidade de vida do grupo que dirigem. Foi-se o tempo em que o olhar das companhias era unicamente voltado aos aspectos meramente econômico-financeiros de suas organizações. Claro que obter lucro, crescer na participação de mercado, conquistar novos espaços e se desenvolver continuará, para sempre, sendo razões vitais para o sucesso dos negócios.

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Mas já não é apenas isso. Agir e liderar com olhos no retrovisor vai causar perdas para as empresas que pensam assim. O mundo contemporâneo enxerga outros valores. Então, nas empresas mais saudáveis, esta fase praticamente fordiana das relações profissionais é coisa do passado. De alguns anos para cá, introduziram-se diferentes elementos na compreensão do que interessa para se  alcançar perenidade.

Neste contexto, duas jovens joinvilenses, Elair Floriano e Carla Cabral e Silva, criaram o site Feliz Vida Livre. Elas também criaram a Escola Feliz Vida, em Joinville. Apresentaram protocolo do projeto felicidade.corp. na Câmara de Vereadores. Com palestras e cursos em empresas e entidades empresariais e ações comunitárias, disseminam conceitos e pregam valores humanísticos relacionados aos negócios. E, evidentemente, também em relação à qualidade de vida pessoal. O trabalho de Elair e Carla pressupõe aspectos identificados com a maneira de como pessoas encaram a vida. E de como a prática destes valores facilita convivências, melhor trabalho, e, ao final, mais felicidade. Diz Carla: 

– Utilizamo-nos de lições da psicologia positiva e do que se denomina ciência da felicidade. Daí, surge a mandala da felicidade, que incorpora estes itens: resiliência, saúde, gratidão, relacionamento, perdão, gentileza, espiritualidade e ser.

Uma pessoa feliz é, naturalmente, mais flexível e criativa em suas ideias. É o que dizem os pesquisadores Sonja Lyubormirksy, Laura King e Ed Diener. Outro trabalho – da pesquisadora Alice Isen – na distante década de 1980 demonstrou: Nas pessoas mais felizes são mais sociáveis e enérgicas, são mais caridosas e cooperativas e são mais apreciadas pelos outros. 

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Na outra ponta, há vários e sérios estudos sobre os custos sociais e econômicos da infelicidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, atualmente, pelo menos 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem com a depressão – possivelmente a maior causa de incapacidade laboral no planeta. Levantamento ainda mostra que 74% dos brasileiros não estão engajados no trabalho porque não estão felizes. No mundo, o percentual sobe para extraordinários 87%.

Diante dessa realidade, e para alcançar a harmonia – algo a ser perseguido continuamente – é essencial que cada um consiga reter, em suas mãos, o momento presente. Elair explica: três fatores determinam nosso cotidiano e o que chamamos de felicidade. 50% vem da genética; 10% surgem a partir de circunstâncias externas (aquilo que acontece ao acaso); e 40% dependem dos comportamentos conscientes de cada indivíduo. Portanto, o que pensamos – e como agimos, conscientemente –, têm grande influência no grau de felicidade que vivemos: conosco mesmo, nas relações interpessoais e também no trabalho.

Aproveitando a ocasião do Natal, desejo o melhor desejo possível: uma feliz vida a todos.

 

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