O Brasil quer entrar na corrida mundial para a produção de navios autônomos, geridos por inteligência artificial. A mudança de rota na indústria nacional será possível com a criação de um cluster que envolve empresas e entidades. Santa Catarina terá papel de destaque no desenvolvimento dessa nova tecnologia. É o que aponta a reunião realizada virtualmente na terça-feira, 1º, com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes.

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Segundo o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), Fábio Zabot Holthausen, o Estado está na vanguarda com um ambiente favorável para desenvolvimento de inteligência artificial e da internet das coisas, que serão bases para a criação desses navios.

O polo náutico no Estado se localiza na região de Itajaí e Navegantes, onde há vários estaleiros Neste ambiente, o presidente da Fapesc argumenta:

– Temos uma excelente densidade de startups, criamos uma importante articulação entre governo, universidades e setor empresarial, fizemos importantes investimentos, com a criação dos centros de inovação e conseguimos formar profissionais de excelência dentro de nossas universidades.

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Plataforma será gratuita

A proposta de formação do cluster foi apresentada no ano passado e agora está saindo do papel. O cluster nacional de inteligência artificial para navios será uma plataforma gratuita para fortalecer a produção de tecnologias e facilitar parcerias.

O grupo de entidades e empresas vai discutir ainda as diretrizes para criação e implantação de modelo no país. A mudança poderá impactar não apenas o sistema de logística brasileiro, como também as estratégias de defesa nacional.  

Estaleiros catarinenses já estão construindo quatro corvetas. O Estado tem condições de ampliar esse mercado, caso as decisões do cluster resultem na ampliação da indústria nacional. A Fapesc vai contribuir nesse contexto com a formação de recursos humanos e incentivo a novas pesquisas em Santa Catarina.