Faltam motoristas de caminhão para atender a demanda das transportadoras. A informação é do presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina, Ari Rabaiolli.
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A preocupação da Fetrancesc é tão grande que, no curto prazo, o líder só enxerga uma solução: aumentar os salários dos profissionais para que se motivem a continuar na profissão.
– Atualmente, são raros os filhos dos caminhoneiros que querem seguir a carreira.
Embora a federação não tenha dados gerais, Rabaiolli é claro: só uma transportadora, de Canoinhas, tem 100 caminhões parados por falta de gente habilitada a dirigir.
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A situação, no longo prazo, poderá ser amenizada se os centros de apoio aos caminhoneiros, os Sest-Senat, conseguirem formar novos motoristas – um trabalho demorado e de difícil implementação.
Enquanto isso não acontece, haverá pressão das empresas por aumento de fretes, como forma de compensar a carência de trabalhadores.
Alguns fatores explicam a falta de caminhoneiros na praça. Jornadas de até 12 horas diárias; pouca segurança nas estradas, insuficientes pontos de apoio estruturados nas rodovias, longos períodos longe de familiares e forte vigilância sobre os condutores são alguns motivos.
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Mesmo com essas dificuldades, o mercado do segmento oferece alternativas: a startup Motorista PX, criada em Joinville, e que desde o começo de 2020 já tem 5 mil motoristas cadastrados, segundo Rabaiolli.
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A plataforma, criada no ano passado funciona de forma semelhante a um Uber, com os profissionais escolhendo cargas e viagens, e os motoristas trabalham sob disponibilidade explica Rabaiolli.