A falta de cerveja nos supermercados brasileiros vem em uma crescente nos últimos meses e nunca atingiu patamar tão alto quanto em novembro de 2020. O índice que mede a falta de produtos nos supermercados brasileiros indica que algumas marcas ou apresentações da bebida não são encontradas nas prateleiras e talvez faltem durante as festas de final de ano que se aproximam.
Continua depois da publicidade
> Quer receber notícias de Joinville e Norte de SC por WhatsApp? Clique aqui
Conforme aponta estudo desenvolvido pela Neogrid, empresa de Joinville especializada na sincronização da cadeia de suprimentos, o número em 2019 girava na casa dos 10% em média. Em novembro, chegou a 19,45%, um recorde para a categoria.
— Às vésperas das festas de final de ano, vemos o índice crescer mais um pouco. Todas as cervejarias apresentam falta de pelo menos um de seus produtos e o índice nunca foi tão alto. Ainda não é o caso de desabastecimento, mas com a subida constante do número, uma luz de alerta se acende — alerta Rodrigo Leão, executivo da Neogrid.
> Governo de SC libera eventos sociais, cinemas e parques em decreto
Continua depois da publicidade
A ausência de algumas marcas nas prateleiras já foi notada pelos consumidores. O índice de ruptura, que em 2019 era de cerca de 10%, só subiu desde o início da quarentena, em março — foi última vez em que a marca esteve na casa dos 10%. Nos últimos dois meses, foram registrados 17,64% em setembro e 18,92% em outubro, segundo o monitoramento da Neogrid, que acompanha dados de 40 mil varejistas no país.
— A raiz do problema está na cadeia produtiva e na falta de insumos para a produção de embalagens de vidro e alumínio. Há alguns meses viemos percebendo essa dificuldade e acredito que é importante que a indústria e o varejo estejam compartilhando informações para vencer esse desafio — avalia Leão.
E não é só a ruptura da cerveja que está alta. O índice geral que mede a falta de produtos nas prateleiras como um todo também está em ascensão. Em novembro, o índice fechou em 12,10% contra os 11,86% de outubro e 11,44% de setembro.
Continua depois da publicidade