No primeiro bimestre de 2020, as exportações de Santa Catarina totalizaram US$ 1,25 bilhão. O valor é 4,6% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, mostram os dados do Ministério da Economia, divulgados pelo Observatório Fiesc. A queda foi puxada pela redução nos embarques de soja (-14,4%), carne de aves (- 24,3%), partes de motor (- 1,3%) e motores elétricos (-8,8%). As vendas para os Estados Unidos caíram 1,8%, para o Japão se reduziram 1,6% e para a Argentina a queda foi de 16,8%.

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Nos dois primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2019, houve crescimento das vendas para a China, com alta de 42,5%, e para o México, com expansão de 23,8%. Com o resultado do acumulado do ano, a balança comercial catarinense registrou déficit de US$ 1.5 bilhões. Já a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1.4 bilhão.

Os principais produtos exportados por Santa Catarina foram: carnes de aves, que representa 20,09% da pautaexportadora e caiu -24,32% em relação ao mesmo período de 2019; carne suína, com participação de 13% e crescimento de 59,44%; e soja, com participação de 5,51% e retração de 14,39% no ano. Os demais itens com maior participação na pauta são partes de motor (4,47%) e motores elétricos (3,84%), que registraram variação negativa de 1,32% e de 8,85%, respectivamente.

Evidentemente, os negócios internacionais, em especial para a China, vão recuar significativamente, como efeito natural do Coronavírus, que paralisou atividades econômicas em massa. Já há queda na movimentação de contêineres vindos da China.

Mas, Maria Teresa Bustamante, da câmara de comércio exterior da Fiesc, diz que o mais surpreendente é a guerra comercial entre a Arábia Saudita e a Rússia, puxando os preços do petróleo para baixo, em todo o mundo.

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– A pergunta é: quanto tempo isso vai durar? Agora não é possível fazer uma análise mais aprofundada. Acredito que em uma semana, dez dias poderemos ter uma análise mais assertiva. Temos de ver qual será a reação de Trump, já que a baixa do preço do petróleo, por muito tempo, vai prejudicar os Estados Unidos, hoje o maior produtor do mundo, a partir do óleo de xisto – que exige custo de produção mais caro.