A situação da propagação da doença Covid-19 está ficando crítica em Joinville. Com 78% dos leitos exclusivos de UTIs ocupados no conjunto da rede hospitalar de Joinville e 3.354 casos confirmados até o dia 8. Em Joinville há 91 leitos exclusivos de UTI para atender pacientes com a doença; 83 estão internados e já houve 50 mortes.
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Diante deste quadro, o presidente da Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM) o médico Antônio Garcia, analisa:
– A situação é preocupante, mas sob controle. Não é hora de decretar lockdown ainda. Há possibilidade de se aumentar o número de leitos e o poder público requisitar os leitos vagos da rede privada. Estamos no momento de alerta amarelo – resume Garcia.
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Ele reconhece dificuldades de implementar lockdown, dada a amplitude de tal medida.
– Conversamos diariamente com o grupo de contingência, que lidera as ações no município, e muito atentos aos fatos.
A prefeitura entende que não é hora de adotar medida tão radical. Ao menos por enquanto. Nesta quinta-feira, dia 9, o prefeito vai emitir novo decreto, restringindo funcionamento de algumas atividades, mais uma vez.
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A dimensão do problema social e humanitário – perdas de vida evidentemente são o maior drama em meio à pandemia – é gigantesca. Deve ser vista com a atenção devida. Elevar o número de leitos exige, por óbvio, mais respiradores e equipamentos que custam caro. E, como se tem visto, demoram para chegar.
O Sindicato dos Servidores Públicos do município de Joinville (Sinsej) quer a imediata decretação de lockdown na cidade por parte do prefeito Udo Döhler. Os argumentos:
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1. os hospitais públicos (São José e Hans Dieter Schmidt) estão com suas unidades de UTIs lotadas ou quase do limite de ocupação.
2. a testagem ainda é pequena para se saber o real alcance da contaminação e da propagação da doença.
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3. persiste o descumprimento de decreto municipal, de junho, que proíbe idosos de circular em ambientes que não sejam estritamente de atividades consideradas essenciais.
4. a fiscalização da Vigilância Sanitária não dá conta de verificar todos os casos, e já houve interdições de estabelecimentos.
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