A UniSociesc não vai abrir novas turmas para seus sete cursos técnicos ministrados no modelo tradicional, no campus Boa Vista, em Joinville.  De agora em diante, vai focar apenas com novos cursos corporativos in company.  Em nota, a ETT destaca a importância das empresas catarinenses no fortalecimento dos projetos corporativos com a instituição. Atualmente são ofertados sete cursos no modelo tradicional na instituição: enfermagem, eletrônica, mecânica, metalurgia, química, informática, logística e administração. Na prática, significará, a médio prazo, o fim da ETT na concepção de escola tradicional.

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Em entrevista, o diretor de marketing e de novos negócios da UniSociesc/Ânima, em Joinville, Flávio Janones, explica. 

 

Confere a informação de fechamento da Escola Técnica Tupy?

 Flávio Janones – Não é bem isso. Decidimos focar em cursos in company por dois motivos essenciais. 1. a recessão do ensino técnico em virtude da grande oferta de cursos gratuitos via Pronatec nos últimos anos; 

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2. é muito grande a procura pelos cursos superiores, inclusive da área de Engenharia, rivalizando com os cursos técnicos. A instituição está crescendo em torno de 25% ao ano nos cursos superiores.

 

Quantos alunos tem a ETT, hoje?

 Janones – A ETT tem 300 alunos, no total dos sete cursos. Antes do Pronatec, tinha 2 mil, nos anos 2014/2015. Depois do Pronatec a procura caiu muito mesmo. Muitas escolas técnicas sofreram o mesmo efeito. A queda no número de matrículas novas recuou drasticamente. Estamos em fase de transição.

 

Significa dizer que não haverá novas turmas dos cursos atuais?

Janones – A ETT vai mudar. Vamos levar nossos cursos para dentro de empresas, o que aliás, já estamos fazendo. Por isso, não vamos abrir novas turmas dos cursos que temos hoje nas instalações do campus Boa Vista. Ao menos, enquanto notarmos que a demanda continuar fraca.

 

Com apenas 300 alunos, a ETT tornou-se inviável no modelo tradicional…

Janones – A competição é muito grande. Todos os sete cursos têm poucos alunos: administração, informática, todos, enfim.

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Os cursos in company representam quanto da receita e do negócio da Ânima/UniSociesc, em Joinville, atualmente?

Janones – Estes cursos já representam 40% do negócio. E há uma demanda crescente. Só para citar, damos cursos na WEG, na Embraer, por exemplo. Os cursos mais solicitados pelas empresas são de mecânica, e das áreas de saúde, de plásticos, principalmente. Em média, os cursos in company tem 40 alunos por turma e sua duração é variável – um ano, dois anos, depende do que a empresa precisa e pede.

 

 Quando as atuais turmas dos cursos tradicionais terminarem seus cursos, o espaço poderá ser vendido, ou alugado para outras organizações?

Janones – Quando isso acontecer, vamos ocupar os locais – inclusive laboratórios – com as turmas dos cursos superiores. 

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