As entidades empresariais de Joinville (Acij, CDL, Ajorpeme e Acomac) assinaram documento-manifesto se comprometendo a agir em conjunto para desenvolver e viabilizar, na prática, o Projeto Joinville Mais Segura. O encontro na CDL reuniu os presidentes das quatro entidades, lideranças das polícias Civil e Militar, autoridades do Judiciário e do Ministério Público, entre outros.
O projeto compreende ações em duas frentes: a da inteligência no combate ao crime; e a que visa a reduzir a criminalidade na cidade. Sob o aspecto da inteligência, está previsto aumento da cobertura com instalação de até 10 mil câmeras espalhadas pelo município. Atualmente, há apenas 141 câmeras de segurança pública na Joinville, que tem aproximadamente 600 mil habitantes.
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A intenção é interligar as câmeras das empresas privadas e da rede pública a uma mesma central de monitoramento, que seria operada por dezenas de profissionais aptos a identificar ocorrências e as polícias terem acesso às situações de crimes. E, desta forma, poder agir reativamente para punir os criminosos.
Outro fator importante é o uso intensivo de tornozeleiras eletrônicas para os presos que estão no regime semiaberto.
Custos do projeto
Os custos dos equipamentos e de todo o projeto ainda não foram estimados com precisão, mas será de pelo menos alguns milhões de reais. Estes valores deverão ser bancados pelas empresas e pela sociedade.
A outra ação passará pela utilização de drones pela polícia. Hoje, a Civil, em Joinville, tem um drone. Para reduzir a reincidência criminal, está mapeada a ampliação do espaço da Penitenciária Industrial para abrigar mais apenados aprendendo atividades, para facilitar a ressocialização.
Olhares diversos
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A delegada regional da Polícia Civil, Tânia Harada, lembra que é importante incorporar ao projeto os locais onde há adolescentes infratores porque eles têm boas chances de não retornarem ao crime. O juiz de execução penal João Marcos Buch diz que o projeto poderia se chamar “A Busca da Felicidade”. E destacou que a capacitação de presos é fundamental. O promotor de justiça Ricardo Paladino comentou sobre a importância de as pessoas preservarem as imagens das câmeras para auxiliar na investigação criminal. A Polícia Militar também é parceira no que puder contribuir.
Sugestões e apoios
Marcos Hollemberg, executivo do Senai em Joinville, afirmou no evento que a instituição de ensino poderá ajudar com a interligação de aproximadamente cem câmeras das três unidades locais. O empresário Tirone Meyer sugeriu pressão política para a construção de presídio federal em Joinville. E Alexandre Brandão do Nascimento propôs que a causa da segurança e o projeto sejam pautados para serem incorporados aos programas de governo dos candidatos a governador.