É crescente a preocupação com o avanço do coronavírus em Joinville. Isso também ocorre no meio empresarial. A Acij, por exemplo, recomenda que as companhias a ela associadas, cumpram com todos os protocolos exigidos pela Secretaria da Saúde. A cidade é a que mais registrou casos de Covid-19 e de mortes em Santa Catarina, e neste sábado tinha o maior número de pacientes ainda com a doença no Estado.

Continua depois da publicidade

Em entrevista, o presidente Marco Antônio Corsini também diz que a entidade olha com atenção a ocupação dos leitos hospitalares no município, e relaciona ações feitas para reduzir os impactos da pandemia na cidade.

Leia também:
Santa Catarina divulgou o maior número de mortos por coronavírus desde o início da pandemia

A Notícia – Como a Acij vê o avanço da Covid-19 na cidade?

Marco Antônio Corsini – A Acij acompanha o assunto com preocupação e responsabilidade. Preocupação porque é uma época do ano em que outras doenças respiratórias crescem e contribuem para a ocupação dos leitos hospitalares. E responsabilidade porque, desde os primeiros indícios agiu com ações, como a criação de centro de triagem na Tupy; a entrega de 15 respiradores, máscaras cirúrgicas, protetores faciais, óculos, luvas, macacões, cestas básicas, tecido para confecção de máscaras, colchões para camas do Hospital São José, e os leitos extras do próprio Hospital São José — 53 já entregues — parte já atuando como UTI, e outros 30 a serem concluídos em um mês.

Continua depois da publicidade

Opinião: Na pior crise sanitária da história de Santa Catarina, omissão faz Moisés perder para si mesmo

Os ônibus lotados de trabalhadores nos horários de pico são um problema grande.

Corsini – No fretamento das indústrias não há lotação. No transporte coletivo as empresas operadoras têm relatado que as concentrações ocorrem das 6 às 8 horas da manhã, e das 18 às 20 horas da noite. A recomendação da CDL, apoiada pelo Conselho das Entidades, do qual a Acij faz parte, é que as lojas passem a abrir às 10 horas para ajudar na distribuição dos horários de uso, evitando picos de concentração.

Há conversas com a Prefeitura em torno da questão da Covid-19?

Corsini – Temos um canal de diálogo permanente com o Poder Público. sempre avaliando alternativas e contribuindo ativamente para as soluções. Ainda na quinta-feira estivemos com o secretário de Saúde, Jean Rodrigues da Silva, falando sobre o avanço das obras em andamento dos 30 leitos a mais para o Hospital São José.

A Acij faz recomendações às empresas?

Corsini – A pandemia é uma pauta permanente da entidade, no comitê de crise e no contato com as empresas. Temos reiterado para todos seguirem à risca os protocolos das autoridades sanitárias. Uso de máscara, higienização das mãos, aferição de temperatura, uso de álcool gel, distanciamento nos postos de trabalho e cuidados especiais nos espaços de alimentação já viraram hábito, e são monitorados constantemente para oferecer ambientes seguros aos profissionais.

Continua depois da publicidade

> Leia todas as notícias sobre coronavírus >”Como os negacionistas não podem ignorar o mortos, vendem a ideia de soluções mais simples, escreve Carolina Bahia”