Nestes tempos de pandemia do coronavírus, com crise e de agonia entre os empreendedores de pequeno porte, o Sebrae chamou o especialista em marketing de varejo, Lucas Prim, para dar dicas de como agir para o negócio sobreviver nestes próximos meses difíceis. A coluna entrevistou o profissional.

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Qual é a recomendação principal dada aos empresários?
Lucas Prim – A mensagem central é a de que é hora de ser criativo e fazer o que for necessário para sobreviver, e da forma mais simples possível.

Sob o aspecto gerencial, que decisões devem ser tomadas?
Prim – Fundamental é conhecer muito bem – e repito, muito bem –  a sua posição de caixa. O controle de entrada e saída de dinheiro tem de ser diário. Mapear as despesas futuras, negociar tudo o que for possível com os fornecedores e desenhar cenários de receitas e despesas com gatilhos para possíveis medidas mais drásticas.

É adequado proteger o caixa?
Prim – Proteger o caixa é algo que muda de significado conforme o tempo sem a receita normal do negócio for passando.

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O que deve ser feito neste primeiro momento?
Prim – Agora, no primeiro momento, o principal é entender tudo aquilo que não é essencial e cortar ou renegociar. Em segundo lugar, é entender do que você consegue abrir mão no curto prazo. E assim sucessivamente.

Se confirmar-se a falta de liquidez, sem dinheiro, o escambo pode vir a ser uma alternativa entre empresários?
Prim – Acho que ainda é cedo para qualquer conclusão a respeito disso, mas estou extremamente preocupado com a situação em que pequenos  empreendimentos estão ficando nessa crise. Muitos desses empreendedores realmente vivem "de vender o almoço para pagar a janta". E isso não é diferente –  talvez pior –  com os seus funcionários. Dado que o povo brasileiro é criativo, não duvido que soluções criativas aparecerão para sobrevivermos.