A Metalúrgica Duque, de Joinville, tem dívidas de R$ 338,5 milhões. O valor não é definitivo porque há credores que ainda querem se habilitar no processo de falência. A companhia vai a leilão no dia 8 de outubro. O conjunto dos bens está avaliado em R$ 84,5 milhões. A falência da empresa foi decretada em setembro de 2019.

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Do total de créditos, os ex-trabalhadores têm a receber R$ 44,7 milhões, pouco mais da metade do que vale a empresa. Os credores com garantia real reclamam R$ 67,6 milhões  e os quirografários estão na fila para tentar receber R$ 77,3 milhões, mas está claro que não haverá dinheiro para todos.

Se isso fosse pouco, há, ainda, duas outra classes de credores, com montantes expressivos.

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Só em tributos (municipais, estaduais, federais), a Duque deve R$ 122,8 milhões, o que quer dizer uma vez de meia o valor de avaliação de todos os seus ativos. Mais ainda: só de juros e multas, a empresa falida deve R$ 76 milhões, o equivalente a 90% do valor total de avaliação dos bens.

É possível que no leilão haja um arrematante. Extra-oficialmente, há potenciais interessados na compra: uma empresa catarinense com negócios em segmento similar ao que atuava a Duque, é um deles.

A Duque já teve seu auge nos anos 80 e 90 do século passado. Desde então, foi perdendo mercados, não conseguiu se modernizar, e, progressivamente, receitas foram caindo. Até que em 2014 entrou em recuperação judicial, não mais se reerguendo.

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