O Grupo Pereira, dono das marcas Fort Atacadista e Comper, amplia atividades em Santa Catarina. Abriu loja em Chapecó recentemente, sua entrada no mercado da região Oeste catarinense. O diretor comercial, João Pereira, confirma para outubro a inauguração de terceira loja em Joinville e antecipa que outros municípios da região Norte do Estado também ganharão investimentos da rede. Abaixo, os principais trechos da entrevista.
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Como foi o começo dos negócios?
João Pereira – A rede começou seus negócios em Itajaí, em 1972. O primeiro Fort foi aberto em Joinville. A bandeira Fort nasceu em Joinville. Imóvel foi comprado pelo meu pai; foi o primeiro atacarejo em Santa Catarina. Nós nos inspiramos no que vimos no exterior.
O crescimento mais recente ocorreu com auxílio de consultoria?
Pereira – A expansão foi algo natural para uma sociedade que precisa dispor de produtos adequados a preços bons. Desde 2016, temos desenhado nosso planejamento estratégico com auxílio de consultoria, sim. Então, promovemos arrancada de lojas com recursos próprios, e com parceiros em alguns empreendimentos.
Para que lado vai crescer neste ano?
Pereira – Até o final do ano, teremos mais cinco lojas. Teremos novas lojas no Campeche (Sul da ilha, em Florianópolis); estaremos em Tubarão; uma terceira unidade em Itajaí será inaugurada; uma em Rondonópolis (MT). E, em outubro, vamos abrir a terceira loja em Joinville, no bairro Aventureiro. A nova loja de Joinville terá 18 mil m² de área construída e 6 mil m² de área de vendas. Há pouco tempo, reinauguramos e ampliamos a loja de Jaraguá do Sul. Iremos a 22 unidades até dezembro, em Santa Catarina. No geral, somos 30 lojas, além de mais quatro atacados, estes localizados em São Paulo, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.
Está nos planos atuar em outras cidades da região Norte de SC?
Pereira – Sim, mas vamos falar sobre isso só no final de setembro.
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Conceitualmente, o que explica o sucesso dos negócios?
Pereira – Trabalhar muito e economizar são fatores do sucesso. E, claro, ter uma equipe aguerrida, atender bem, fortalecer parcerias com fornecedores e ter ética nas relações são fundamentais também.
O modelo Fort Atacadista ganhou público em razão de seu posicionamento, ou a que o senhor atribui o resultado?
Pereira – Quando entramos em Santa Catarina com a bandeira Fort, pudemos ter preços mais em conta para os clientes. É o tipo de loja que opera com mais produtos para classes populares. É o modelo de atacarejo supervencedor, em especial em períodos de economia mais complicada. Originalmente, atendíamos à classe C/B, mas agora a classe B1 – e até fatia da classe A – também começa a nos frequentar. Santa Catarina representa 40% dos negócios do grupo.
Como é feita a negociação com os fornecedores?
Pereira – Estabelecer parcerias duradouras significa saber com quem jogar. Queremos que a indústria também ganhe junto, e isso ajuda a manter os elos.
O faturamento vem subindo, apesar da crise econômica?
Pereira – Nosso faturamento, em 2017, foi de R$ 5,77 bilhões (exceto negócios da bandeira do atacado Bate Forte), presente no Centro-oeste do País. Somos o sexto maior grupo supermercadista do Brasil, segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
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O ano continua com economia fraca, um PIB de no máximo 1,5%. Como percebe a situação?
Pereira – Estamos otimistas com o segundo semestre. Ano de eleição é bom. O Brasil precisa mudar. A população está mais madura e teremos boas escolhas. Acredito que vamos entrar numa nova etapa. Santa Catarina é um Estado onde se vê menos esse sentimento de crise.