Em Joinville, durante a pandemia do coronavírus, 13 mil trabalhadores da indústria metalúrgica de Joinville — que representam 60% de toda a categoria — permanecerão em férias coletivas ainda na próxima semana e até dia 12 de abril. Algumas grandes fabricantes de autopeças estendem férias coletivas até o dia 19 de abril. A cada dia, o sindicato de trabalhadores monitora o quadro, considerado "sério" pelo presidente Rodolfo Ramos. 

Continua depois da publicidade

O líder sindical lembra que grande parte das empresas do setor atendem demandas da indústria automobilística nacional – e este segmento está parado.

O que mais preocupa o sindicalista é em relação às consequências que esta crise tem sobre as pequenas empresas terceirizadas. 

— Algumas delas já sinalizaram que farão demissões em maio; outras estão analisando o que fazer. Não estamos fechados nenhuma porta, nenhuma janela — diz Ramos.

O diálogo com o lado patronal é constante e, agora, a questão posta trata da Medida Provisória 936, que mexe na legislação trabalhista, permitindo — entre outras coisas — redução de jornada e de salários, que vão de 25% aa 70%, com negociação podendo ser feita diretamente entre o empregador e o empregado, o que, claro, enfraquece a posição do sindicato laboral. Mas, na mesma MP, esta forma garante o emprego por igual período após  o fim de aplicada essa medida de jornada e salário reduzidos.

Continua depois da publicidade