A Becomex é uma consultoria da área tributária, fundada em Joinville há mais de dez anos, e que nasceu como desenvolvedora de softwares para o setor. Atualmente figura entre as mais importantes companhias em sua área no do país. É especializada no gerenciamento integrado na área tributária e operações internacionais; atua nos processos de governança fiscal e aduaneira. Tem como clientes estão Votorantim, Tramontina, Ford, Renault, entre outros.
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O vice-presidente da Becomex, Rogério Borili, (foto) analisa o ambiente de negócios, fala de investimentos, diz que as companhias não aproveitam adequadamente as leis de incentivos e revela planos de expansão dos negócios nesta entrevista à coluna Conexão Econômica.
O Brasil é um país difícil para os empreendedores. Há muita complexidade tributária. Como o senhor avalia essa situação?
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Rogério Borili – Sem dúvida. O governo criou estruturas tributárias complexas, desde procedimentos para fazer pagamentos e até mesmo a necessária comprovação de entrega de documentos.
Com o novo governo, que chega em janeiro, há perspectivas de mudar isso?
Borili – Acredito num cenário mais favorável, sim, à simplificação. A unificação de PIS/Cofins está em análise.
Como empresários do exterior enxergam a nossa realidade?
Borili – Há sustos. Eles têm dificuldade de compreender, porque fazem a natural comparação entre o que se pratica globalmente e as exigências e necessidades para operar no Brasil.
Para a Becomex, como está sendo o ano de 2018?
Borili – 2018 é um ano interessante. Seguimos uma estratégia agressiva de expansão. Crescemos 35% em comparação com 2017 e projetamos crescer mais 40%. Neste ano vamos faturar R$ 70 milhões. A meta é chegar a R$ 100 milhões em 2020.
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No geral, dada sua experiência profissional, as empresas sabem se posicionar em questões tributárias?
Borili – Percebo que as empresas estão carentes de visão estratégica em relação a questões tributárias e fiscais.
No que elas poderiam melhorar?
Borili- Só para compreender o que quero dizer: as companhias não aproveitam adequadamente as legislações sobre incentivos. Um exemplo: as empresas deixaram dinheiro parado. Não buscaram retorno de R$ 20 milhões, proveniente do programa Reintegra, que favorecia exportadoras. Também em relação ao incentivo na modalidade de draw back, é possível empresas buscarem créditos.
Santa Catarina participa de maneira significativa neste contexto de negócios da Becomex?
Borili – O Estado de Santa Catarina participa com 18% do nosso faturamento. À frente de estados relevantes no cenário econômico nacional, como Minas Gerais e Rio de Janeiro. Esse desempenho em solo catarinense se deve à sua diversidade econômica. No Norte do Estado as indústrias de transformação predominam; no Oeste, são as agroindústrias e, também, atuamos junto aos portos, no litoral. O mercado da indústria de transformação é o maior deles.
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Há interesse em ampliar o leque de negócios?
Borili – Pretendemos avançar no segmento de serviços, onde nossa presença ainda é menor.
O que virá de novo na legislação fiscal?
Borili- Em 2019 virá a nota fiscal de serviço eletrônica. Os municípios onde haverá testes-piloto são São Paulo e Belo Horizonte. Para 2020 o governo quer colocar no ar este sistema em todo o país. Aí, os controles sobre as transações serão praticamente imediatos.
A Becomex tem presença em várias cidades, tendo Joinville como sede. Qual é o tamanho da unidade de Joinville?
Borili – Somos uma empresa de tecnologia. Temos um time de desenvolvimento em Joinville. São 80 profissionais. Falta gente. Há vagas de trabalho a serem preenchidas em Joinville.
A carência por profissionais na área tecnológica é coisa de anos. O que está errado?
Borili – Uma das questões está ligada à inadequação da grade curricular de cursos à realidade de mercado.
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Como a Becomex se posiciona neste momento econômico? Faz investimentos?
Borili – Em Joinville, estamos investindo em novo espaço. Em Campinas investimos R$ 2 milhões com consultoria. E estamos com nova filial em Minas Gerais para podermos crescer nesse Estado importante.
Becomex em números:
Mais de 900 clientes
Mais de 40 segmentos atendidos
Mais de R$ 1 bilhão em benefícios fiscais apurados Mais de R$ 600 milhões em recuperação de impostos Mais de 300 funcionários em todo o país Presente em seis Estados e no Distrito Federal. A sede é em Joinville.
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