A Superintendência geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o CADE, deu parecer reprovando a compra da fundição de ferro italiana Teksid, que era da Fiat, pela Tupy, em operação realizada em dezembro do ano passado. A questão agora vai à apreciação do Tribunal do CADE. A superintendência do órgão que regula ações de competição empresarial no Brasil avaliou que  a autorização do negócio pode resultar em dificuldades para outras companhias do setor. 

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O CADE entende que só há um concorrente importante para a Tupy, no mercado brasileiro: a WHB. Também argumenta que a Tupy e Teksid, juntas, vão deter de 60% a 70% do total do mercado, o que vai significar a liderança para a empresa joinvilense, desbancando a WHB dessa posição. A aquisição, ocorrida há um ano, envolveu negócio de R$ 1 bilhão.

Em comunicado ao mercado, a Tupy diz que a a superintendência geral do CADE emitiu, no dia 8 de dezembro de 2020, parecer técnico inicial desfavorável à aquisição da subsidiária brasileira.

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Diz, ainda, que no Tribunal do CADE “as partes (Tupy e Teksid) reapresentarão todas as evidências que apontam que a transação não oferece quaisquer efeitos concorrenciais danosos ao mercado brasileiro”.

E segue a nota da empresa: “As partes esclarecem que, nos termos do contrato de compra e venda firmado, eventual reprovação das autoridades brasileiras não enseja o cancelamento do perímetro remanescente da transação.

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A companhia continuará colaborando com o CADE e adotando todas as diligências necessárias com vistas a obter a aprovação integral da transação e manterá o mercado e seus acionistas informados sobre quaisquer atualizações relevantes relativas ao tema”. E informa que “obteve as aprovações dos órgãos antitruste das competentes jurisdições europeias, e aguarda as aprovações das autoridades estadunidenses e mexicanas”.